segunda-feira, 31 de outubro de 2016

A Lua na 3ª Casa, por Howard Sasportas



Enquanto o Sol invade a cena e quer criar uma forte impressão no ambiente, a Lua nesta casa reflete e é abafada pelo ambiente. Como existe a habilidade de "sentir" o que os outros estão pensando, quem tem esse posicionamento pode ter certas dificuldades em distinguir entre seus próprios pensamentos e o que os outros ruminam ao seu redor. Às vezes, eles podem acreditar que estão sendo objetivos e racionais quando na verdade estão reagindo com base em algum complexo emocional. As situações serão pintadas de acordo com seu humor e sua sensibilidade. Se têm um quadro positivo em mente interpretarão tudo de forma positiva. Se se sentem tocados ou vulneráveis o mesmo ambiente vai ter uma interpretação bem diferente.

A mente é imaginativa e em geral a memória é retentiva. O Sol na 3ª Casa acredita que o conhecimento é o poder; a Lua na 3ª Casa deseja ardentemente o conhecimento, pela segurança que confere o saber como algo funciona. Uma vez que a Lua está associada a influências do passado, pode haver uma fascinação por temas como o estudo da arqueologia, da genealogia e da história. Este posicionamento confere certa adaptabilidade para mudar de ambiente, mas a mente pode sempre flutuar de um interesse para outro. O relacionamento com parentes — sobretudo mulheres, tais como irmãs, tias ou primas — deve ser examinado para se ter uma idéia do contorno psicológico de quem tem este posicionamento. O conforto e a segurança são desejados através de um parente, ou a pessoa pode ter sido "mãe" para alguns ao seu redor durante seus anos de crescimento. A verdadeira mãe pode estar relacionada mais com uma irmã mais velha do que com um dos pais.

Os Gauquelin acham que este posicionamento confere certo grau de talento para escrever. A não ser que a Lua esteja num signo de Ar, os escritos discorreriam, provavelmente, sobre emoções fortemente sentidas ou descreveriam memórias e experiências pessoais. Locutores com a Lua na 3ª deveriam ser capazes de dominar os sentimentos de audiência. Professores com este posicionamento podem referir-se aos mais profundos sentimentos e necessidades de seus alunos.

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Extraído do livro As Doze Casas, de Howard Sasportas.

domingo, 30 de outubro de 2016

A Lua na 2ª Casa, por Howard Sasportas



Enquanto o Sol na 2ª aumenta seu sentido de identidade e poder através do dinheiro e de posses, a Lua na 2ª se contenta com a segurança emocional que estas coisas trazem. O Sol precisa encontrar seu próprio sistema de valores, mas quem tem a Lua aqui pode engolir todo o sistema de valores da família de origem 'ou daqueles que o cercam. O Sol projeta prestígio nas posses, a Lua projeta sentimentos naquilo que se tem. Pode haver um apego sentimental a objetos, especialmente quando herdados da família ou ligados à memória, a pessoas-chaves ou a situações de vida. Há muitas vezes interesse em bens imóveis herdados, e em antigüidades ou em qualquer coisa do passado.

Como a mudança da Lua nos céus, as circunstâncias financeiras tendem a flutuar. Dinheiro pode ser ganho através de profissões relacionadas com a Lua, tais como atividades ligadas a serviços públicos, abastecimento, hotéis ou hospedadas, escolinhas para crianças, em casas ou estâncias, ou mesmo trabalhando no mar. Essa posição sugere recursos interiores de adaptabilidade, sensibilidade e a habilidade de saber instintivamente aquilo que os outros querem ou precisam.

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Extraído do livro As Doze Casas, de Howard Sasportas.

sábado, 29 de outubro de 2016

A Lua na 1ª Casa, por Howard Sasportas



Qualquer planeta na 1ª Casa é ampliado como se seu volume tivesse crescido de acordo com esse princípio. De acordo com a posição da Lua no signo, a Lua nesta posição energiza as respostas emocionais, instintivas e sentimentais do indivíduo. A não ser que esteja fortemente modificada por outros aspectos no mapa, a pessoa vai irradiar qualidades lunares — sensibilidade, receptividade e uma espécie de abertura infantil para as quais os outros são naturalmente atraídos.

Enquanto o Sol na lª Casa quer ter um impacto dinâmico no ambiente, a Lua na 1ª Casa está mais inclinada á ser confundida com a mãe e com o que está ao redor. Todo bebê sabe instintivamente que conseguir o amor de quem cuida dele ajuda a assegurar sua própria sobrevivência e por isso adapta-se ao que a mãe gosta ou quer. Mas os que têm a Lua na lª Casa, mesmo mais tarde na vida, quando a sobrevivência não depende mais da presença de outra pessoa, podem normalmente agir como se sua vida ainda dependesse de serem aquilo que os outros querem que eles sejam. Em conseqüência disso, mostram uma habilidade semelhante à de um radar para captar e ler sinais que emanam dos que se encontram próximos. No entanto, a interpretação destes sinais é muitas vezes distorcida por um alto grau de subjetividade. Eles podem estar tão dentro de suas próprias necessidades, sentimentos e complexos emocionais que às vezes são incapazes de ver a vida e os outros de uma maneira objetiva. Em casos extremos, tudo o que importa é o que querem e não podem facilmente dar aos outros nada que não combine com isso.

Mesmo assim, a Lua na lª Casa confere uma inteligência quase animal, sabendo instintivamente o que fazer em certas situações. Eles conseguem "farejar" uma oportunidade, "sentir" o perigo ou "ouvir" uma encrenca.

A casa que tem Câncer interceptado ou na cúspide vai de alguma maneira estar ligada à Lua da lª Casa. Por exemplo, Derek Jacobi, cujas interpretações sutis e sensíveis fizeram dele um dos mais respeitáveis atores da Inglaterra, nasceu com a receptiva e naturalmente criativa Lua em Libra na 1ª Casa e Câncer interceptado na 10ª Casa, a da carreira.


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Extraído do livro As Doze Casas, de Howard Sasportas.

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

A Lua e Câncer através das Casas, por Howard Sasportas



A Lua no céu não tem luz própria; ela apenas reflete a luz do Sol. Diferente do Sol, que mostra onde se requer esforço para se tornar um indivíduo consciente, a Lua é aquela área da vida na qual existe uma tendência natural para se curvar e adaptar ao que é oferecido. A casa da Lua é onde somos sensíveis e simpáticos às necessidades e influências de outras pessoas. É onde somos mais facilmente moldados, dispostos a hábitos e condições do passado e também a sermos restringidos pelas noções, expectativas, valores e padrões de nossa família e cultura. Alguns desses conceitos inatos podem ser valiosos e construtivos, enquanto outros poderiam prejudicar ou atrasar o progresso em novas direções. O domínio da Lua é a área da vida na qual nos refugiamos quando precisamos de descanso, de uma pausa ou de um santuário para o esforço de individuação e a abertura da consciência.

Somos arrastados para a esfera da vida cuja casa abriga a Lua, para além de nossa necessidade de pertencer a alguém, de ter conforto e segurança. Ela está onde achamos ou onde brincamos de ser Mãe: queremos segurança, compreensão ou uma âncora em seu domicílio, ou talvez ofereçamos aos outros comida e manutenção neste campo de experiência.

A Lua no céu passa por fases e ciclos; algumas vezes ela está cheia e aberta; outras vezes está fechada e escondida. Da mesma maneira, a posição de casa da Lua indica onde estamos mais aptos a encontrar situações duvidosas, onde passamos por fases, dependendo de nossas mudanças de humores, às vezes abertos e vulneráveis e, outras, fechados e afastados. Podemos mostrar um comportamento regressivo, infantil e inseguro nesta área. Certamente é onde ficamos em contato com o lado instintivo e emocional da vida e onde tendências e memórias úteis que mantêm a existência são mostradas. As mulheres podem ter um papel importante em nossas vidas pelo posicionamento de casa da Lua, um princípio básico feminino ou anima.

A casa com o signo de Câncer na cúspide ou interceptado tem uma influência similar à da Lua numa casa. A casa que tem Câncer também vai estar de alguma forma ligada à casa na qual a Lua se encontra. O filósofo Bertrand Russell, por exemplo, nasceu com Câncer na cúspide da 9ª Casa e a Lua em Libra na 11ª. Sua filosofia e sua maneira de encarar a vida (9ª) eram muito condescendentes e combatiam pela (Lua) causa do humanitarismo e da liberdade de pensamento (11ª Casa).

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Extraído do livro As Doze Casas, de Howard Sasportas.

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

O Sol na 12ª Casa, por Howard Sasportas



Existe uma discrepância arquetípica entre o princípio solar e a essência da 12ª Casa. O dever do Sol é estabelecer, esclarecer e perpetuar uma identidade separada, enquanto a 12ª Casa envia forças que tentam dissolver, minar, desestruturar e subverter as fronteiras do ego individual. Resolver este conflito requer que o sentido de Eu da pessoa estenda sua esfera de ação além da mais simples e normal capacidade de conscientização. Com o Sol na 12ª Casa o ego precisa desempenhar seu papel como servidor da alma.

Quem tem o Sol na 12ª Casa deve aprender a manipular as margens entre o pessoal e o universal, entre o consciente e o inconsciente, entre o ego individual e o self coletivo. Isso é um desafio; o ego pessoal precisa ser bastante flexível para permitir a entrada desses elementos, porém não muito frágil a ponto de ser sobrepujado por eles.

No esforço para manter uma identidade sólida e firme a pessoa pode rejeitar a existência de um inconsciente pessoal ou coletivo conjuntamente. Em nome do esclarecimento e da razão são erguidas barreiras para proibir a entrada de qualquer coisa vaga, irracional, mística ou transpessoal. A patrulha dos limites do dia segue as ordens do ego com o máximo de alerta e vivacidade, mas os guardas da noite são notoriamente ineficientes. Logo que eles adormecem no trabalho tudo o que ficou oculto ou afastado da consciência escorrega e invade. (Foi Robert Frost quem escreveu: "Existe aí algo que não admite barreiras.") Na manhã seguinte, a patrulha do dia está de volta ao trabalho e os intrusos são expulsos novamente. E, conforme a coisa prossegue, grandes reservas da energia psíquica são gastas para manter uma parte de nós mesmos afastada da outra parte. Alienados dos aspectos de nossa própria maquilagem, não é de surpreender que soframos tantos conflitos e doenças, isso para não mencionar o sentimento de que somos rejeitados pelas outras pessoas. Ao Sol na 12ª, no entanto, é dada a oportunidade de juntar os dois lados do self — o pessoal e o universal, o consciente e o inconsciente, numa tentativa de ajudá-los a serem amigos um do outro.

A coalizão entre as forças do ego e as ocultas, o reino mais profundo da psique, é potencialmente muito fecunda. Quem tem o Sol nesta casa pode agir como um canal ou um médium para a expressão de imagens míticas ou arquetípicas do inconsciente coletivo, seja através da arte, da poesia, da dança, da música ou de alguma forma de trabalho psíquico. Sua sensitividade e abertura para aquilo que está além dos requisitos do self individual torna-os servidores efetivos e curadores que respondem às necessidades dos outros. Eles podem ser usados como veículos para invocar mudanças em nível coletivo. De algum modo, a identidade pessoal encontra e incorpora algo maior e mais universal.

De acordo com as tradicionais associações da 12ª Casa, quem tem o Sol nesta posição pode ter de empregar muito tempo consigo mesmo. Tão receptivos aos outros, eles absorvem continuamente influências do ambiente exterior. Períodos de afastamento e de retiro ajudam-nos a se desprender daquilo que pegaram e a conseguir novamente o sentido de seus próprios limites. Algumas vezes, crises e confinamentos precedem uma experiência de despertar e de iluminação. Outros poderão estar tão confusos e desviados pelas forças inconscientes, ou por elementos de fora, que levar uma vida normal no dia-a-dia é por demais embaraçoso.

Várias formas de instituições fazem parte de suas vidas. A vocação poderia envolver trabalhos em hospitais, prisões, museus, bibliotecas etc. Alguns livros sobre astrologia sugerem que quem tem o Sol na 12ª Casa teria usado seu poder para fins egoístas em vidas anteriores. Agora eles têm de usar seu poder para ajudar outras pessoas ou viver a experiência de ficar à mercê da autoridade alheia. Orgulho e arrogância ocultos ou a crença inconsciente de que o mundo lhes deve algo e que deveria inquestionavelmente reconhecê-los como especiais, podem causar problemas.

O Sol é um princípio masculino e, na nebulosa 12ª Casa, poderia significar alguma confusão junto ao pai ou outros homens na vida, ou então sacrifícios que serão feitos com relação a eles. Às vezes existe um forte laço psíquico com o pai.

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Extraído do livro As Doze Casas, de Howard Sasportas.

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

O Sol na 11ª Casa, por Howard Sasportas



Quem tem o Sol na 11ª Casa consegue um sentido de identidade mais convincente através de atividades sociais, humanitárias ou políticas. A frase "nenhum homem é uma ilha" é lugar-comum, porém tem um significado especial para este posicionamento.

De algum modo, a identidade deveria ser guiada (dirigida) para algo maior do que o self individual. Reconhecimento pessoal poderia ser conseguido por causas grupais e não é nada incomum alguém com este Sol galgar uma posição de proeminência e direção em vários tipos de organizações. A natureza das experiências vividas através de situações grupais, a facilidade com que uma pessoa funciona ou se adapta nesta esfera, podem ser vistas pelos aspectos ao Sol nesta casa. A pessoa poderia ser um canal pelo qual novas correntes ou tendências que se revelam coletivamente poderiam se manifestar. O escritor americano Upton Sinclair que lutou por uma nova legislação de proteção à força trabalhadora contra a maldade das grandes indústrias, nasceu com o Sol conjunção Marte em Virgem na 11ª Casa.

Ocorre o perigo de que a identidade poderia ser perdida alinhando o self com um grupo, uma crença ou uma causa. Neste caso, não acontece o "Você é aquilo que come" mas sim o "Você é aquilo com que o grupo o alimenta". Quem tem o Sol na 11ª Casa precisa fazer uma nítida distinção entre o que eles acreditam e aquilo que o grupo lhes diz que tem de acreditar. (Nem todos os vegetarianos precisam pensar a mesma coisa!)

As amizades são importantes para desenvolver plenamente o Sol nesta casa. Quem tem esse posicionamento pode ter um impacto marcante sobre amigos íntimos; inversamente os amigos poderiam abrir novas fronteiras e ser de grande valia na realização de metas e objetivos. Como com grupos e crenças levados ao extremo, uma espécie de divina providência poderia ser projetada nos amigos.
É aconselhável que pessoas com o Sol na 11ª Casa façam um esforço consciente para estabelecer metas praticáveis em termos de aspiração. De certo modo, seus esforços para realizá-las contribuirão para uma formação mais sólida e concreta do sentido de identidade, propósitos e poder. Um dos ingredientes vitais para a própria cura é ter uma razão para viver.

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Extraído do livro As Doze Casas, de Howard Sasportas.

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

O Sol na 10ª Casa (Leão no Meio-do-Céu), por Howard Sasportas




Com o Sol na 10ª Casa a identidade volta-se para a carreira e para as conquistas profissionais. A 10ª Casa descreve as qualidades presentes dentro de nós que queremos que os outros notem; neste caso, o Sol se empenha para ser visto emanando poder, força e autoridade com relação ao signo em que se encontra. O Sol em Gêmeos nesta posição, por exemplo, quer o poder de seu intelecto reconhecido; o Sol em Peixes deseja ardentemente o reconhecimento de seu poder de cura, de encantar ou inspirar etc.

O Sol na 10ª Casa tem muita pressa em ser admirado como alguém. Tem que haver um certo grau de ambição e esta deve ser satisfeita se nele alguém pretende realizar seu propósito de vida. Exemplos de pessoas nascidas com este posicionamento incluem o executivo John DeLorean (Sol em Capricórnio) que trabalhou incansavelmente para ser alguém; o ator Mickey Rooney (Sol em Libra), um astro infantil que chegou no topo da carreira e se manteve ali; e o general Rommel (Sol em Escorpião) cuja astúcia como marechal-de-campo lhe valeu o apelido de "raposa do deserto". Mulheres com este posicionamento que não conseguem satisfazer suas próprias necessidades de realização através de uma carreira, podem ser atraídas por homens com muito prestígio ou sucesso como companheiros (a síndrome das esposas de Hollywood). Para ambos os sexos, conflitos entre o lar e a vida pessoal versus realização pública e profissional são mostrados por oposições da 4ª Casa ao Sol na 10ª. O tipo de esforço próprio, dedicação e perseverança necessários para subir a escada do sucesso, muitas vezes limita a liberdade e a espontaneidade para se movimentar em outras direções. Outro perigo com este posicionamento é que o sentido de identidade ou de valor pessoal pode estar ligado demais a seus títulos ou posição no mundo. Se isso for perdido eles ficarão completamente desolados e aniquilados.

Se a 10ª Casa é tomada como a mãe, o Sol nesta posição a toma muito importante. A criança com o Sol ali poderia projetar sua própria identidade e poder na mãe; as necessidades e os desejos da mãe se tornariam as necessidades e desejos da criança. Inversamente, este posicionamento indica às vezes uma mãe que requer que a criança seja seu espelho, impondo sua própria individualidade sobre o rebento, como no clássico exemplo dá "mãe de palco". ("Eu sou uma atriz frustrada, então meu filho vai entrar numa escola para atores.") Normalmente há uma conspiração ali: a criança idolatra e adora a mãe e oferece o self para ela. "Você me quer para mostrar aos outros e eu quero ser o melhor para você." Em determinado ponto, quem tem o Sol na 10ª Casa precisa examinar quanto está fazendo por si mesmo e quanto está sendo feito para ganhar o amor de sua mãe. Leão no Meio-do-céu ou contido dentro da 10ª Casa implica em vários significados iguais ao Sol nesta posição.

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Extraído do livro As Doze Casas, de Howard Sasportas.

domingo, 23 de outubro de 2016

O Sol na 9ª Casa, por Howard Sasportas



Quem tem este posicionamento deveria empenhar-se em aumentar sua compreensão e perspectiva da vida. Isso pode ser conseguido através de viagens, boas leituras, vôos de imaginação ou através da pesquisa filosófica nos "por quês" e "comos" da existência. A capacidade de perceber significados e padrões mais profundos que acontecem nas esferas coletiva e pessoal da vida, vitaliza e potencializa o Sol nesta casa.

Com qualquer ênfase sagitariana, a vida é bem melhor vista como uma jornada ou uma peregrinação. É verdade que alguns podem acreditar, como o escritor espanhol Cervantes, que "a estrada é melhor que a pousada". Em vez de engolir sem mastigar qualquer crença, a compreensão obtida pelo descobrimento de diferentes grupos, filosofias ou religiões pode ser destilado numa visão pessoal da verdade. Compartilhar e trocar suas descobertas com os outros os ajuda a se distinguirem.

Existe o perigo de se tornar tão preocupado com "o grande quadro e os aspectos abstratos da vida" que eles perdem contato com a realidade do dia-a-dia. Obsessivos a respeito do que o futuro lhes poderá trazer, a imediata participação na vida "aqui-e-agora" é de alguma maneira desordenada. Eles podem estar tão preocupados planejando a vida e projetando o futuro que esquecem de vivê-lo. Às vezes estão cheios de bons conselhos para os outros, mas nunca se lembram de aplicá-los em seus próprios compromissos.

Esta posição enquadra uma série de vocações. Eles podem ser ótimos num trabalho de relações públicas, onde promovem um conceito ou uma visão que inspira aos outros. São bons em vender viagens - enaltecendo as virtudes de férias na África (mesmo que nunca tenham estado lá). Dão excelentes gerentes e instrutores, dirigindo e organizando os outros a alcançarem alguma meta comum. Incendeiam os outros com seu entusiasmo e visão, e muitas vezes espalham conhecimento ensinando, escrevendo ou publicando.

O filósofo e escritor alemão Thomas Mann nasceu com o Sol na 9ª Casa. Ele acreditava que os seres humanos "eram uma grande experiência... e seu fracasso seria o fracasso da própria criação". E dizia ainda que mesmo que este ponto de vista não fosse verdadeiro, seria melhor "para o homem que se comportasse como se o fora". O Sol na 9ª Casa precisa de algo em que acreditar.

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Extraído do livro As Doze Casas, de Howard Sasportas.

sábado, 22 de outubro de 2016

O Sol na 8ª Casa, por Howard Sasportas



Em nível profundo, todos nós ansiamos por nos reunir com algo maior que o self. No entanto, muitas vezes esquecidos de tais motivos subjacentes, quem tem o Sol na 8ª tenta se expandir e transcender suas limitações pessoais e seu separatismo através de alguma forma de união e intercâmbio com as outras pessoas. Isso pode ser conseguido de várias formas e em diferentes níveis. Por exemplo, algumas pessoas com este Sol melhoram sua identidade, valor e capacidade transferindo para si o dinheiro e as posses de outras pessoas. Na pior das hipóteses isso é premeditado e conivente (não como um convite formal para uma festa à meia-noite no castelo do conde Drácula). O mais freqüente, no entanto, é que outras pessoas queiram naturalmente ajudar aquelas com Sol na 8ª, cobri-las de presentes, deixar-lhes heranças, outorgar-lhes concessões etc. Freqüentemente, a pressa em colocar suas energias em empresas associadas ou coletivas levam-nas ao mundo dos negócios, aos bancos, ao ramo de seguros e a qualquer outra atividade que tenha a ver com os recursos e o dinheiro dos outros.

No entanto, dinheiro e posses são só a superfície daquilo que é compartilhado ou trocado entre as pessoas. Sentimentos e emoções circulando por correntes invisíveis que ligam uma pessoa à outra, também requerem a atenção de um Sol na 8ª Casa. Embora isso possa parecer uma infantilidade de um deus sádico que assistiu a muitas novelas na televisão, os relacionamentos que expõem paixões ocultas e esbarram em emoções primárias de complexos de infância não resolvidos também servem ao processo solar de crescimento e desenvolvimento. Liberar a satisfação psíquica da escravidão e da repetição de padrões estabelecidos há muito tempo, no berçário, intimidam a ação de parceiros como catalisadores para a depressão, a regeneração e a mudança. Para quem tem Sol na 82, os relacionamentos não são apenas algo para molhar a ponta dos dedos a fim de se refrescar de vez em quando; eles têm de aprender a nadar nestas águas. Alguns podem tentar evitar totalmente uma verdadeira intimidade mas, agindo assim, eles trapaceiam suas transformações.

O Sol de 8ª Casa confere-lhes normalmente um interesse em tudo que está escondido, oculto e misterioso na vida. Às vezes existe uma fascinação ou preocupação com a morte ou qualquer outro assunto que seja considerado tabu pela sociedade. O audacioso Evil Knievel que constantemente prova sua força e poder empenhando-se em números assustadores de desafios à morte, nasceu com o heróico Sol nesta casa. O diretor cinematográfico Sam Peckinpah, cujos filmes mostram o mais violento mundo-cão da vida, tem o Sol em Peixes nesta posição. Hugh Hefner, o fundador da revista Playboy, uma das publicações de maior circulação que fala abertamente sobre sexo, tem o Sol em Àries na 8ª Casa.

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Extraído do livro As Doze Casas, de Howard Sasportas.

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

O Sol na 7ª Casa, por Howard Sasportas



Quando o filósofo Martin Buber escreveu: "O homem se torna um Eu através de um Você" ele poderia bem estar fazendo referência aqueles que têm o Sol na 1ª Casa. É quase paradoxal; porém, o sentido de seu próprio poder, propósito e individualidade é encontrado através de uma associação ou de um relacionamento.

Participar de atividades conjuntas aumenta as saídas que os capacita a se definirem mais claramente. Por meio de altos e baixos, e de todas as confusões que acontecem na tentativa de formar alianças vitais, honestas e auto-suficientes, a identidade é talhada e fortificada. É um fato da vida que as coisas existem com mais clareza quando vistas em relação a outras; do mesmo modo, a personalidade tem mais significado quando vista em relação a outras personalidades. Quando o Sol brilha na casa de Libra o "Eu" precisa de um "Tu".

No entanto, a coisa nem sempre funciona deste modo. Em alguns casos, quem tem o Sol na 7ª pode tentar se esconder atrás da identidade de outra pessoa, procurando alguém grande e forte que lhes diga o que devem fazer de suas vidas.

Ou também podem estar preocupados em ganhar prestígio e autoridade unindo-se a uma figura importante ou influente, ou procurando um herói ou heroína que possam servir, idolatrar e adorar para sempre. Tanto no mapa de uma mulher como no de um homem, o Sol nesta posição pode indicar a procura de uma figura de pai. Enfim, uma tentativa de vivenciar o princípio solar é feita projetando-a no parceiro. Isso é diferente de descobrir o self pela ajuda de outro. É também menos produtivo e muitas vezes não permanece muito tempo.

A 7ª Casa também descreve a maneira como agimos na sociedade em geral. Para o bem do processo de individualização, quem tem o Sol na 7ª precisa estar sempre com pessoas. A princesa Diana da Inglaterra cujo casamento com o príncipe Charles tornou-a o centro das atenções mundiais e a fez uma celebridade, tem o Sol na 7ª. Alguns até encontram vocação para lidar com as relações pessoais — conselheiros matrimoniais, por exemplo, ou trabalhos que requeiram habilidade em arbitragem e diplomacia. Leão no Descendente significa quase o mesmo que Sol na 7ª.

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Extraído do livro As Doze Casas, de Howard Sasportas.

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

O Sol na 6ª Casa, por Howard Sasportas


Com o Sol na 6ª Casa, as experiências necessárias para desenvolver um sólido ego-identidade giram em torno da saúde, do ritual diário e do trabalho. Sem se tornar indevidamente obsessivo, quem tem este posicionamento deveria prestar bastante atenção a tudo que diz respeito a seu auto-aperfeiçoamento. Fraquezas físicas e psicológicas, bem como imperfeições são muitas vezes aumentadas de alguma maneira de modo que se fazem necessários alguns ajustes.

Antes de mais nada, tais pessoas precisam ter um bom relacionamento com o corpo — respeitar o veículo físico é uma das lições que mais cedo ou mais tarde terão de aprender. Infelizmente, para alguns, o reconhecimento da importância de ter de cuidar de um corpo só aparece quando as conseqüências de sua negligência e maus tratos já foram longe demais e a doença se manifesta. Ainda assim, mesmo quando as dificuldades aparecem nesse setor a tentativa de recuperar a saúde e a integridade servirá para um processo mais amplo de individuação mais apropriado do que qualquer outro método. Essas pessoas têm também uma habilidade toda especial para dirigir e aclarar os outros sobre os melhores caminhos para se manterem saudáveis.

Quem tem o Sol na 6ª Casa deve empenhar-se em desenvolver competências e habilidades que lhe proporcionem um ativo lugar no mercado de empregos. Um sentido de valor pessoal e de distinção pode ser então obtido. Elas se encontram através do serviço aos outros, isto é, servindo.

Há necessidade de organizar rituais diários e rotinas efetivas que assegurem um bom andamento na vida. Aprender a agir de modo eficiente em coisas práticas fortalece o sentido de identidade. Este não é um posicionamento para quem apenas deseja ficar sentado meditando o dia inteiro. É surpreendente como descobertas interessantes ocorrem enquanto se esfrega o chão da cozinha ou se lavam meias. Com o Sol na 6ª Casa, aceitar limites e rotinas fortalece a pessoa no sentido de aperfeiçoar e aprimorar a arte de viver. O resultado final desta atitude não precisa ser deslumbrante; porém, mostra tanto gosto e sutileza em tudo que a pessoa faz, que lembra um dito zen: "Antes do esclarecimento (iluminação) carregue água; depois do esclarecimento (iluminação) carregue água."

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Extraído do livro As Doze Casas, de Howard Sasportas.

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

O Sol na 5ª Casa, por Howard Sasportas



O Sol é muito forte na 5ª Casa, seu domínio natural. Para quem tem este posicionamento, um sentido de identidade, poder e propósitos de vida é alcançado por um total engajamento em atividades que os façam sentir-se bem estando vivos. A necessidade de expressar o self é vital para sua saúde física e psicológica e essas pessoas ficam doentes e deprimidas quando não têm razões para viver. É claro que também ficam doentes se exigem demais de si mesmas. Não é o caso de quanto um Sol de 5ª Casa pode fazer, mas é antes a qualidade do envolvimento e o grau de satisfação que se obtém dele.

É recomendada alguma forma de expressão artística não necessariamente para se tornar um novo Mozart (Sol em Aquário na 5ª) ou um Matisse (Sol em Capricórnio na 5ª), mas muito mais para ajudar à libertação do espírito, colocar emoções e sentimentos para fora e ter a oportunidade de criar dentro de si mesmo. A riqueza da vida também é engrandecida por hobbies, eventos esportivos, recreações, incursões em teatros, galerias de arte etc.

A "criança brincalhona" está viva e bem disposta em alguém com um Sol de 5ª Casa e brigando para ser livre. Não importa quão criativas as pessoas com este posicionamento possam parecer aos outros: elas sempre acham que poderiam ser melhores naquilo que estão fazendo. O Sol, por natureza, é expansivo e na 5ª Casa tenta se expressar mais e mais, continuamente aumentando seu campo de influência. Um bom exemplo do espírito do Sol na 5ª Casa é Sir Richard Burton, o explorador inglês muito estudado nas escolas, que escreveu a respeito de suas aventuras em países exóticos. Sua 5ª Casa, onde se encontra o Sol, rege a 9ª e a 10ª, as casas das grandes viagens e da carreira.

Para quem tem o Sol na 5ª, casos amorosos e romances realçam seu senso de participação na vida, bem como embelezam seus sentimentos de serem especiais. Gerar filhos é outra maneira com que podem reforçar seu sentido de identidade, bem como estender seu poder e influência. Existe porém o perigo de um dos pais com esse posicionamento tentar vivenciar em demasia sua vida através do filho, projetando nele todas as suas necessidades de fama e glória não alcançadas. A criança pode ser exibida como uma obra de arte na esperança de que aquilo que "foi produzido" seja elogiado.

A necessidade de ser o centro das atenções é muito forte num Sol de 5ª Casa, e essas pessoas podem ser incapazes de tolerar situações em que todas as atenções não estejam voltadas para elas. Um aspecto difícil ao Sol nesta casa pode derivar para modos manipulativos, desregrados ou exagerados de chamar a atenção: Mesmo um "golpe" negativo é melhor do que "golpe nenhum".

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Extraído do livro As Doze Casas, de Howard Sasportas.

terça-feira, 18 de outubro de 2016

O Sol na 4ª Casa (Leão no Fundo-do-Céu), por Howard Sasportas


Quem tem o Sol na 4ª Casa precisa cavar fundo dentro de si mesmo para se encontrar. Tudo o que é realizado no mundo exterior talvez seja menos importante do que aquilo que foi conseguido em termos de engrandecimento de alma e desenvolvimento espiritual interior.

O esforço para definir o self bate na frente da casa. Eles têm que distinguir sua própria identidade individual como separada do ambiente familiar sem negar que fazem parte da família. De um lado, corre-se o perigo de derivar a identidade até demais dos ancestrais e se tornar somente uma réplica daquilo que isso representa ou de como isso os atingiu. Por outro lado, no entanto, há o perigo de rejeitar totalmente o passado familiar como forma de se libertar de suas imposições. A primeira instância nega sua própria unidade e originalidade; a segunda nega seus destinos, suas raízes biológicas e psicológicas. A tarefa que se apresenta é tentar de alguma forma combinar as duas, tomando conhecimento de sua hereditariedade e de seu laço com a família de origem e, também, ao mesmo tempo, desenvolvendo uma identidade no seu próprio direito. Eles podem trazer consigo algo da tradição da família, mas também podem fazê-lo como lhes aprouver.

Se a 4ª Casa é tomada pelo pai, as energias ali podem ser vivenciadas através do pai ou nele projetadas. Quem tem o Sol na 4ª Casa pode ter sentido o pai como poderoso e autoritário; assim, não consegue superar um desagradável sentimento de sua própria mesquinhez ou inferioridade.

Essas pessoas provavelmente terão de enfrentar uma dura batalha para se livrar do domínio que ele tem sobre elas. Em outros casos, o pai pode ter estado física ou psicologicamente ausente. Para o menino, isso poderia significar a ausência do sentido de um pai sobre o qual moldar suas próprias qualidades masculinas. Isso teria de ser encontrado dentro de si próprio. Para a menina, a experiência de um pai ausente poderia derivar numa procura que se estenderia por toda a vida, de seu pai perdido. Ela também teria a mesma necessidade de encontrar qualidades de pai dentro de si própria.

Existe uma grande necessidade de tais pessoas terem seus próprios lares onde possam exercitar a autoridade e a influência. Às vezes trata-se de um prolongamento da busca por um lugar certo onde lançar raízes.

O Sol na 4ª Casa sugere que elas vão se tornar mais elas mesmas na segunda metade de suas vidas. Um renovado sentimento de potência criadora, vitalidade e as alegrias de auto-expressão são potencialmente mais eficazes na idade madura.

A natureza do Sol na 4ª Casa é semelhante a Leão no Fundo-do-Céu. Uma profunda necessidade de exprimir sua própria e única identidade é o fundamento sobre o qual se baseia grande parte da vida.

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Extraído do livro As Doze Casas, de Howard Sasportas.

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

O Sol na 3ª Casa, por Howard Sasportas


Antes de apenas absorver e refletir atitudes e influências do ambiente, essas pessoas deveriam desenvolver e honrar seus próprios pensamentos, pontos de vista e perspectiva das coisas. Um sentido de valor, dignidade e poder vem através da consolidação do intelecto e da comunicação das habilidades. Na maioria das vezes, essas pessoas se sentem mais vivas quando estão aprendendo algo ou quando podem partilhar e trocar idéias e conhecimentos com outros. Os que têm o Sol (ou Leão) na 3ª Casa, têm necessidade de se sentirem ouvidos e de serem notados pela sociedade.

Conseqüentemente, a rivalidade e concorrência entre amigos poderia ser uma saída que mereceria uma análise mais profunda. Alguns podem projetar suas próprias necessidades por poder e autoridade sobre irmãos ou irmãs. Ou então seu próprio conhecimento pode ser adorado como o Sol. Aspectos difíceis ao Sol na 3ª Casa poderiam indicar problemas no início da fase escolar. Isso deve ser examinado nos casos em que o estudo é muito liberal. Não importa o quanto esse Sol na 3ª Casa pareça esperto ou diferente dos outros; quem tem este posicionamento normalmente sente que poderia saber mais e se comunicar melhor.

O escritor americano Philip Roth, autor de muitos best-sellers e conhecido por seus apartes e respostas rápidas, nasceu com o Sol na 3ª. George Bernard Shaw, que ganhou um Prêmio Nobel e expôs sua filosofia pessoal através de seus escritos, nasceu com o Sol em Leão nesta casa.

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Extraído do livro As Doze Casas, de Howard Sasportas.


domingo, 16 de outubro de 2016

O Sol na 2ª Casa, por Howard Sasportas


Se o Sol ou Leão está na 2ª Casa, esta área da vida deve ser encarada com vitalidade e firmeza. Existe aí uma necessidade premente em desenvolver competência pessoal, valores e recursos para conquistar um sentido de individualidade. Eles têm necessidade de encontrar e definir aquilo que constitui uma segurança para si mesmos antes de depender dos outros para lhes fornecer segurança, dinheiro ou recursos. Um sentido de poder e do próprio valor podem ser adquiridos do ganho, seja de dinheiro ou de posses e também através da habilidade de lidar e organizar o mundo material. Alguns podem ser tentados pelo sensacionalismo, pela busca de status e pela extravagância para provar seu valor e aumentar uma insegura identidade interior. Podem ser generosos com dinheiro e posses, mas normalmente esperam algum tipo de reconhecimento em troca. Esteja o Sol onde estiver, ali o ego pessoal está procurando reconhecimento. O impecável e internacionalmente amado cantor e ator Maurice Chevalier tinha o Sol em Virgem na 2ª Casa; ele nasceu bem pobre e morreu milionário.

A natureza de qualquer planeta na 2ª Casa é valorizada pelas qualidades de segurança que nos oferece. Por isso, com o Sol na 2ª, a segurança vem através do desenvolvimento e de se possuir atributos tais como força, nobreza, autoridade, a idéia de ser especial, e coragem. Pessoas com este posicionamento ficarão mais seguras na vida se encorajarem esses traços sem se importar com quanto dinheiro têm no banco.

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Extraído do livro As Doze Casas, de Howard Sasportas.

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

O Sol na 1ª Casa, por Howard Sasportas



Quem nasceu com o Sol na 1ª Casa nasceu um pouco antes do nascer do Sol, quando as forças criativas do dia e da luz ganham a supremacia sobre a escuridão e a noite. Quando o Sol beira o horizonte, o planeta desperta, o oculto se torna visível, tem início uma maior atividade e as pessoas saem de suas camas para o mundo. O Sol nesta posição tem um efeito obviamente estimulante na vida e os nascidos nesta hora têm um impacto semelhante na vida. Estas pessoas devem influenciar e chamar a atenção dos outros, irradiar seu poder de tal maneira que os outros se sintam atraídos por sua energia e calor. Devem enfrentar a vida com vigor, entusiasmo e determinação para fazerem algo de si mesmos. Em vez de se apoiarem no esteio da família para se sentirem importantes e terem um sentido de identidade eles têm que forjar seu próprio lugar ao Sol e serem reconhecidos e respeitados por aquilo que eles mesmos fazem, criam ou deixam acontecer. Estas pessoas não devem ficar sem serem notadas. Elas requerem uma posição na vida que exercite sua autoridade natural e preencha seu desejo de reconhecimento.

Sua constituição física deve ser forte se o Sol estiver na lª Casa, mas isso vai depender muito do signo em que se encontra e dos aspectos que sofre. Quando o Sol e o Ascendente se encontram no mesmo signo, os astrólogos dizem que a pessoa é um duplo Áries, um duplo Touro etc. Nesse caso, elas normalmente exemplificam e personificam claramente as qualidades de tal signo. Por exemplo, o grande emancipador e advogado da liberdade pessoal, Abraham Lincoln, nasceu com o Sol ascendente no igualitário Aquário. O astro da televisão americana Ed Asner nasceu com o Sol ascendente em Escorpião. Falando corajosamente contra o que ele achava uma injustiça política que não podia tolerar (Sol em Escorpião na 1ª) ele desagradou a alta direção do show business e praticamente acabou com sua carreira e com sua vida (Sol em Escorpião rege Leão na 10ª Casa, a da carreira e da reputação).

Se o Sol está bem aspectado na 1ª Casa, a influência do ambiente da primeira infância vai ser de apoio aos desejos da pessoa para expressar sua individualidade. Normalmente, esses nascimentos são cercados de muita atenção, como se colaborassem com sua necessidade de ser importantes. Uma expressão negativa do Sol na 1ª poderia ser a arrogância de sua personalidade, um extremo egocentrismo e um orgulho excessivo. Os que não conseguem expressar ou desenvolver uma maneira sadia de fugir de seus poderes e autoridade podem tornar-se amargos e cínicos. Antes de se ressentirem quando seu valor não é admitido inquestionavelmente, eles deveriam reconhecer que tanto a admiração como o apreço dos outros têm que ser, antes de mais nada, conquistados.

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Extraído do livro As Doze Casas, de Howard Sasportas.

domingo, 2 de outubro de 2016

Sol e Leão Através das Casas, por Howard Sasportas



O símbolo para o Sol é um círculo com um ponto no meio. O círculo, que não tem começo nem fim, representa o ilimitado e o infinito; o ponto, por sua vez, representa o indivíduo como entidade separada, aquele que tem sua própria identidade pessoal mas ainda assim faz parte de um todo maior. O Ascendente é o caminho que tomamos para averiguar quem somos nós, mas o Sol é aquilo que descobrimos ou aquilo que tentaremos ser. Através do desenvolvimento do signo no qual o Sol se encontra e procurando a área da vida que é mostrada pelo seu posicionamento numa casa, ganhamos um maior sentido de nosso poder, propósito e diretriz de vida.

A posição do Sol na casa simplesmente indicada onde temos necessidade de nos distinguirmos de alguma maneira, onde precisamos manifestar nossa influência, brilhar, sair ou ser especial. Esta é a área da vida pela qual nos separamos da Mãe arquetípica reconhecendo nossa própria identidade individual em vez de permanecermos fundidos com todo o resto da criação. Enquanto a Lua é varrida por instintos profundamente arraigados e padrões de comportamento do passado, o Sol tem o poder de provocar mudanças, implementar escolhas e criar novas alternativas no setor do mapa no qual se encontra. Do mesmo modo que o Sol no céu é o centro do nosso sistema solar e influencia os planetas a girarem ao seu redor, a posição do Sol num tema natal mostra onde temos que desenvolver o poder de autogeração e causalidade em vez de sermos meramente reagentes.

Como os heróis mitológicos, o posicionamento do Sol numa casa indica onde temos que lutar contra os dragões, enfrentar a vida e ultrapassar obstáculos e forças que atrapalham nosso avanço e desenvolvimento. Expandir e desenvolver o domínio do Sol normalmente significa uma batalha que, se tiver sucesso, nos possibilita chegar adiante com um sentido mais sólido e coerente do Eu.

O significado do Sol numa casa é semelhante à influência que Leão tem numa determinada casa, quer Leão esteja na cúspide, interceptado ou completando uma casa que tem Câncer na cúspide. Na análise do Sol através das casas, que veremos a seguir, o significado de Leão em cada casa também pode ser guardado. (Por exemplo, se você tem Leão na cúspide da 2ª Casa ou contido dentro da 2ª, leia a seção intitulada "O Sol na 2ª" para aprender mais sobre a maneira como Leão pode se manifestar nesta posição.)

Observe também que a casa que tem Leão na cúspide (ou parte ou todo ele contido nela) vai ter de algum modo uma relação com a casa em que o Sol se encontra. O poeta francês Jean Cocteau, por exemplo, nasceu com o Sol na 3ª Casa, regente de Leão na cúspide da 5ª. Num esforço para comunicar suas ideias aos outros (Sol na 3ª) ele explorou um vasto campo artístico (Leão na 5ª) incluindo nisso filmes, versos, novelas, teatro e desenhos. Ele continuou experimentando seu estilo criativo (5ª) para se expressar o mais completamente possível (Sol na 3ª).

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Extraído do livro As Doze Casas, de Howard Sasportas.

sábado, 1 de outubro de 2016

O Complexo Ascendente, por Howard Sasportas



Já mencionamos que grande número de fatores influencia a manifestação do Ascendente além do signo que se encontra na cúspide da 1ª Casa. Isso inclui:

1. O planeta regente do signo que se encontra no Ascendente, e seu posicionamento por signo, casa e aspectos.

2. Planetas junto ao Ascendente (a dez graus da cúspide, seja na 1ª ou na 12ª Casa).

3. Os aspectos do próprio Ascendente.

O Planeta Regente


O planeta que rege o signo que se encontra na cúspide da 1ª Casa, chamado de regente do Ascendente e às vezes conhecido como regente do tema, sugere como o signo que está no Ascendente vai tentar se expressar. Sua posição por signo, casa e aspecto deve ser cuidadosamente examinada.

Por exemplo, se Áries está ascendendo, Marte é o planeta regente. A posição elemental de Marte mostra o que estimula o Áries ascendente. Marte num signo de Fogo é estimulado por algo que sonha ou intui. Num signo de Água, ele é estimulado por emoções ou sentimentos. Marte em Ar é excitado por algo que contempla ou pensa, enquanto Marte em Terra é motivado por algo prático ou concreto que tem de ser ganho com uma ação. Se Marte está em Câncer ou Peixes (Água), a vitalidade física de Áries ascendente é bem menos óbvia do que se Marte se encontra num signo de Fogo, como Áries, Leão ou Sagitário.

O posicionamento por casa do regente do Ascendente sugere a área de vida em que serão feitas experiências muito importantes que influenciarão diretamente o crescimento e a autodescoberta. Continuando com o exemplo de Áries ascendente, o posicionamento por casa de seu regente, Marte, vai aprimorar o campo de experiências que requer a ajuda de Áries, com sua ação e decisão. Se Marte está na 2ª Casa, a pessoa deveria desenvolver maior potencialidade em lidar com dinheiro e com o mundo material. Se Marte está na 3ª Casa, deveria aumentar sua auto-expressão, sua habilidade em se comunicar e em desenvolver seu intelecto para produzir um sentido mais completo do self.

Aspectos com o planeta regente jogam uma luz na maneira como a pessoa funciona bem como na maneira e na direção que a expressão do Ascendente toma. Por exemplo, a qualidade e a direção da energia exibida por um Áries ascendente com Marte em conjunção com Júpiter será bem diferente de um Áries ascendente com Marte em conjunção com Saturno.

O tamanho da 1ª Casa vai depender de um signo de longa ou de curta ascensão estar se elevando com relação ao hemisfério no qual a pessoa nasceu, e também do sistema de casas escolhido para fazer o mapa. Algumas pessoas terão uma 1ª Casa muito ampla, às vezes com um arco maior que 60°. Elas podem ter um signo no Ascendente, outro interceptado e uma parte de um terceiro signo conduzindo para a próxima casa. Todas as qualidades representadas pelos signos que aparecem ali terão que ser desenvolvidas de algum modo, embora o signo da cúspide tenha maior peso. O posicionamento do planeta regente de qualquer signo da 1ª Casa pode ser examinado do mesmo modo que o regente do signo ascendente.

Planetas junto ao Ascendente

Planetas no Ascendente ou junto a ele (dentro de 10°, seja na 12ª ou na 1ª Casa) aumentam ou modificam as qualidades do Ascendente. Se Áries está ascendendo mas Netuno está em conjunção com o Ascendente, a pressa em defender o self é afetada pela sensibilidade e dispersão de Netuno. No entanto, se Júpiter ou Urano se encontrarem ali, a vontade da pessoa e seu direcionamento são aumentados.

Aspectos ao Ascendente

Planetas que fazem aspecto com o próprio Ascendente tendem a mostrar se outras qualidades na pessoa estão em harmonia ou em conflito com o tipo de expressão que o signo Ascendente requer. Por exemplo, um Saturno em quadratura com um Ascendente Áries pode sugerir que o medo, o cuidado ou a reserva (Saturno) iniba a potencialidade total do signo ascendente. Se Saturno está em oposição ao Ascendente, a pessoa pode se sentir limitada pelos outros. Saturno em sextil ou trígono com Áries ascendente sugere que a pessoa tem a exata noção do esforço a ser empregado numa determinada situação e possui também um bom grau de disciplina e prática para levar adiante outros objetivos. Enfim, tanto a natureza do planeta como a natureza do aspecto têm de ser levados em consideração para julgar as influências sobre o Ascendente em questão.

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Extraído do livro As Doze Casas, de Howard Sasportas.