quinta-feira, 7 de julho de 2016

Lilith na Casa 6



Aqui falamos de insegurança, preocupação na vida diária, pequenas obsessões e manias, mas também para nos dar organização e eficácia.

Você pode rejeitar a escravidão cotidiana, como a tentativa de escapar daquilo que é considerado de pouco valor.

Às vezes, dificuldades inseridas no ambiente profissional.

Não aceita autoridade-superioridade dos chefes hierárquicos e se sente mal integrado.

Em relação à saúde indica operação, cirurgia, mutilação, pequenos acidentes, como cortes, feridas que são sacrifícios mutilatórios, mas porém há algo mais sombrio: é um queimaduras de expiação.

Depressão, suicídio, ou pode ser que se viva dramaticamente os problemas de saúde de um membro da família ou alguém próximo.

Doenças psicossomáticas.

É melhor formar-se em cirurgião, psiquiatra, etc ...

Elementos Básicos em "Astrologia Harmônica", por Dane Rudhyar




Após termos discutido o fundamento "lógico" do simbolismo astrológico e isolado as três grandes concepções da interpretação astrológica, os três tipos básicos de astrologia, devemos agora estudar este simbolismo astrológico em relação à "astrologia do indivíduo". Mais particularmente, devemos mostrar como os elementos da astrologia universalmente aceitos — tais como casas, signos zodiacais e planetas — devem ser interpretados num tipo de astrologia que salienta valores psicológicos. Muitas vezes chamamos este tipo de astrologia de Astrologia Harmônica, porque fornece uma base para a harmonização e integração da psique humana. Ela considera a carta de nascimento o acorde vital do ser individual e do destino que simboliza, também, poderíamos dizer, como o verdadeiro nome desse ser individual. Ela percebe que os seres humanos, em sua maioria, estão vivendo apenas em partes de si mesmos, vivendo vidas fragmentárias, incompletas e tristemente vazias. A totalidade do que essencialmente são, como indivíduos completos, está ali — potencial, arquetípica, mas expressa ou manifestada apenas em pedaços. Essa totalidade é o verdadeiro Acorde de seu self individual, mas apenas algumas poucas notas do acorde soam às vezes; algumas jamais chegam a vibrar, e não há intensidade ou plenitude em seu desempenho de vida total.

Auxiliar o homem a realizar a totalidade de seu ser e representar o papel total de seu destino — este é o propósito da astrologia harmônica. A carta natal é a chave para a totalidade de um indivíduo e de sua manifestação exterior — seu destino. É a partitura da sinfonia que um homem vivo é. O padrão arquetípico, a fórmula simbólica, a assinatura do ser total. É o projeto do edifício, que é seu self individual perfeito — e contém também o cronograma, de acordo com o qual as várias fases da operação de construção se processarão numa sequência ordenada — o que chamamos destino do homem.

A astrologia não é o simples estudo de um sistema de simbolismo interessante, nem é essencialmente uma predição de futuro para satisfazer a curiosidade pessoal. É um estudo prático com um propósito muito bem definido — mesmo que normalmente não entendido. Um propósito vital. Ela é, ao menos potencialmente, o fundamento de uma nova técnica de viver, de um novo princípio de conduta (ou, poderíamos dizer, uma nova yoga) — já mais ou menos implícita na técnica de psicologia analítica (a técnica de Jung) e mencionada num capítulo anterior, em que estudamos o dualismo de ideais caracterizado pelos termos ético e estético.

Quando então tomamos uma atitude como essa em relação à astrologia, precisamos nos restringir em grande parte ao domínio dos valores psicológicos. É verdade que não podemos de fato separar a psique do corpo. A .fisiologia e a psicologia estão intimamente correlacionadas. Os antigos conheciam este fato, mas elaboraram a correlação em termos de corpos sutis (na maioria, vital e astral). A ciência moderna está tendendo a aceitar a ideia de "campo magnético" e "emanações elétricas", que — quando totalmente elaborada — provavelmente ocupará exatamente a mesma função — uma função de correlação — como aquilo que deu valor aos conceitos arcaicos ou "ocultos".

Agora, no entanto, e considerando a dificuldade prática na aplicação da astrologia à fisiologia e à medicina, parece mais prudente ressaltar a interpretação astrológica no nível psicológico, indicando meramente a possibilidade de correlações físico-orgânicas quando estas parecerem particularmente óbvias e de influência importante no desenvolvimento psicológico.

Portanto, consideramos o ser humano por meio de sua carta de nascimento em grande parte como uma entidade psicológica. Ele é um ser específico, único. Não há outro ser exatamente igual a ele. Mas também percebemos que este ser único é um composto de elementos encontrados não apenas nele, mas numa multidão de .outros seres — especialmente aqueles que constituem coletivamente seu meio ambiente de espaço-tempo — isto é, suas cercanias e seus ancestrais. Este ser único é um acorde particular, ou combinação, de elementos coletivos. Portanto o que é individual é o padrão estrutural no qual os elementos coletivos estão mais ou menos bem organizados. É a forma do self. A substância, por outro lado, é de natureza coletiva. O corpo humano é feito de moléculas que são partes do imenso depósito dessa Terra. Do mesmo modo, a psique humana pode ser vista como composta de elementos psíquicos — poderíamos chamá-los psícons? — partes do vasto depósito formado pelo inconsciente coletivo da humanidade como um todo ou de grupos definidos dentro da humanidade (raças, tribos, nações, famílias, igrejas etc).

Vimos no último capítulo que as casas da carta natal, e todos os elementos originários da rotação axial da Terra se referem ao fator individual no homem — à estrutura de seu self individual. Por outro lado os signos do zodíaco e todos os elementos originados da revolução orbital da Terra se referem ao fator coletivo, à substância de seu ser. Devemos acrescentar agora que os planetas se referem às energias que são geradas pela relação constantemente mutante entre os fatores coletivos e individuais.

O zodíaco é o domínio do Sol e de seus planetas. É o símbolo geral de relacionamentos vitais, que podem ser expressados como gravitação. Gravitação é o símbolo de relacionamento, de atrações e repulsões entre membros de um grupo. É um fator que simbolicamente pertence à categoria "equatorial". Pois, como já vimos, os termos equatorial, orbital, solar referem-se ao mesmo fator básico: o coletivo. Assim o zodíaco é verdadeiramente a base e uma expressão dos vários movimentos orbitais dos planetas. E um modo conveniente de padronizar e registrar os inter-relacionamentos complexos entre planetas e Sol e planetas e planetas.

Assim, em termos de suas posições zodiacais, planetas são pontos focais de energias coletivas. Por outro lado, em termos de suas posições nas casas (isto é, com referência ao horizonte e ao meridiano), representam centros de atividades na estrutura individual de todo o ser (e seu destino). Assim, como podem ser interpretados com relação a dois grupos básicos de referência (signos e casas), eles representam os centros de forças e de atividade cujo caráter, intensidade e modo de operação são determinados pelo equilíbrio constantemente mutante entre individual e coletivo, isto é, a personalidade.

Por exemplo, Júpiter em Aries refere-se a um certo tipo de energização e ativação do tipo de substancia orgânica e função orgânica representadas pelo signo zodiacal Aries. Júpiter na sétima casa refere-se ao fato de que tudo aquilo que na consciência e no destino do indivíduo é simbolizado pela sétima casa será afetado por um tipo de atividade jupiteriana. Como a sétima casa se refere a relacionamentos e sensações, estas operarão de acordo com um ritmo jupiteriano expansivo, e o nativo terá associados e parceiros que irão expandir suas ideias e sua esfera de ação.

Aquilo que hoje chamamos personalidade é uma síntese de padrões de comportamento. É a soma total de todos os movimentos externos e emoções do ser humano: o ritmo total de suas atividades-vida — do modo como ele caminha e torce os lábios ao seu comportamento no campo de batalha ou num palco de concerto. E um complexo de atividades. Sem atividade não poderia haver "personalidade". E comportamento da personalidade obviamente é uma mistura de influências herdadas e ambientais operando dentro de uma estrutura abstrata do estado de ser self — o fator individual. De modo semelhante, os planetas são caracterizados, quanto à sua natureza, por suas posições zodiacais, e operam de modos específicos, de acordo com suas posições na estrutura das casas. A soma total dos planetas incluindo o Sol e a Lua — o padrão planetário, como o chamamos — representa portanto a personalidade como um todo.

O leitor provavelmente irá inferir do que foi dito acima que portanto o padrão planetário representa nosso terceiro termo básico: o criativo. Ele de fato o é, mas apenas potencialmente. Ele representa atividade, antes de mais nada. Mas atividade não precisa ter o significado de criatividade. Todo mundo é ativo, mas quantos são criativos? Criatividade é a atividade significativa de una personalidade relativamente individuada. O elemento significado existe para ser salientado, e, como veremos agora, este elemento será revelado pelos símbolos dos graus, que são energizados e trazidos à tona pela atividade dos planetas ali localizados. Entretanto o planeta não precisa, e muitas vezes não o faz, revelar o significado simbólico do grau, no caso de o tipo de atividade representado pelo planeta não ser criativo. A personalidade humana nem sequer alcançou o ponto de individuação relativa, e o indivíduo ainda não tem o poder de dar significado criativo à sua vida e ao seu destino.

_______________________________________________________________
Extraído do livro Astrologia da Personalidade, de Dane Rudhyar.

quarta-feira, 6 de julho de 2016

Três Tipos de Astrologia, por Dane Rudhyar




O estudo anterior dos três tipos básicos de movimento planetário e de seus significados relativos em termos de simbolismo astrológico colocará ordem numa situação confusa, que perturba as mentes da maioria dos estudantes de astrologia. A razão para essa confusão é o fato de a astrologia estar num estágio de mudança, de ter sido feita uma tentativa generalizada de reformulá-la em termos de valores aceitáveis para a mente moderna, e de que não foi estabelecida, nessa tentativa, nenhuma linha de demarcação entre concepções normalmente conflitantes.

Cada fase da vida e cada tipo de conhecimento podem ser abordados a partir de, no mínimo, três direções básicas, enfatizando respectivamente a atitude individual, a coletiva e a criativa — sendo esta última por sua vez suscetível de uma interpretação dupla, no mínimo. Cada uma dessas atitudes, correspondendo a tipos humanos definidos (psicológica e fisiologicamente), sublinha sua própria concepção particular e esquece as outras ou nega sua validade. Especialmente quando entramos nos domínios de tais tipos não ortodoxos de conhecimento como a astrologia e, poderíamos dizer em geral, ocultismo ou filosofia esotérica, as concepções conflitantes parecem ainda mais irredutíveis porque há menos experiência comum e evidência comum para transformar ideias em fatos, hipóteses em leis. Por isso é particularmente necessário, se desejamos evitar o caos, recorrer a algum tipo de classificação de concepções que deixará espaço para todos e de algum modo relacionará os esforços individuais ou grupais em termos de um padrão todo-abrangente inerente à natureza das coisas estudadas.

A compreensão de quc a astrologia lida essencialmente com os movimentos dos corpos celestes nos ajudará a desenvolver uma classificação desse tipo. Se reconhecemos três tipos básicos de movimento planetário, então também podemos estender seus respectivos significados de modo que possamos ser capazes de caracterizar três abordagens básicas da astrologia relacionadas com esses movimentos. Um tipo de astrologia funcionará primeiramente em termos de movimento axial, e enfatizará o fator individual em uma pessoa (astrologia natal) ou em uma situação (astrologia horária). Um outro tipo enfatizará cada elemento relacionado com a revolução orbital, com o Sol e a eclíptica, e enfocará o fator coletivo no comportamento da pessoa e na influência determinante de seu comportamento. Um outro tipo — ainda muito pouco desenvolvido — será de caráter mais oculto e lidará com vastos fatores planetários, com a influência cósmica (espiritual e criativa) de estrelas e hierarquias divinas — ou ainda com símbolos ocultamente percebidos, revelando o significado criativo de cada fator astrológico.

Cada tipo deveria desenvolver normal e logicamente sua própria técnica de interpretação, seu procedimento na aplicação de princípios gerais a casos particulares, suas tábuas de dados, e naturalmente enfatizaria seus próprios fatores básicos, mesmo a ponto de praticamente não reconhecer significado nos fatos especiais que sejam estritamente produtos dos enfoques dos outros tipos. Não há nada absolutamente errado numa focalização como essa. Ainda assim, alguém deveria ter o necessário entendimento filosófico e uma visão ampla o suficiente para captar a situação total e formular, para benefício de todos, o significado correspondente dos diversos métodos, técnicas e ênfases ou exclusões teóricas.

Não podemos ter esperança de alcançar este resultado de modo completo e plenamente satisfatório, tal como não pudemos produzir um quadro adequado do crescimento e evolução da astrologia no passado em nossa pesquisa terrivelmente curta das bases históricas da astrologia (Cap. 1). Ao mesmo tempo, esperamos ser capazes de transmitir, agora, uma ideia esboçada mas abrangente das características mais fundamentais daqueles setores da astrologia de hoje que parecem coerentes, férteis e válidos.


1. Astrologia do indivíduo

Isto inclui especialmente a astrologia do ser humano individual (astrologia natal) e a astrologia da situação individual (astrologia horária).

De um certo modo, este é o tipo mais abrangente, ao menos em potencial. Como "astrologia horária", pode ser aplicada a qualquer tipo de situação, e como "astrologia natal", pode referir-se ao nascimento de qualquer entidade, atômica, humana ou cósmica. Mas o que queremos dizer mais especificamente com "astrologia do indivíduo" é um tipo de abordagem que enfatiza características individuais e sua interpretação individual. Ela enfatizará valores relacionados ao movimento axial da Terra.

A "astrologia horária" é o tipo de prática astrológica em que o astrólogo julga os elementos de uma situação particular, seu provável desenvolvimento no futuro próximo, e assim é capaz de aconselhar seu cliente quanto ao que seja a melhor solução de qualquer problema envolvendo a situação em questão. Significa levantar um mapa para o momento em que a situação é levada ao astrólogo. A carta é interpretada primeiramente à luz das "casas" (produtos da rotação axial da Terra), de suas regências planetárias e em grande parte de acordo com uma técnica individual. 0 fator da interpretação individual é de suprema importância. Para sua validade, a astrologia horária depende inteiramente da "equação pessoal" do astrólogo. É o tipo mais estritamente individualista de astrologia — mesmo obedecendo regras um tanto rígidas de interpretação.

A "astrologia natal", no sentido mais estrito do termo, refere-se a momentos individuais de nascimento. Exige como pré-requisito unia precisão absoluta no conhecimento do momento da "primeira respiração" — o momento em que o ser humano atinge a condição de existência individual ou ao menos independente. Essa precisão absoluta é necessária para estabelecer-se, sem margem de dúvida, o quadro de casas — a própria estrutura do self individual e destino único do nativo. Naturalmente é verdade que fatores coletivos, derivados da posição do Sol, planetas, signos zodiacais etc., são utilizados, mas mesmo esses estão especificamente relacionados coro o desenvolvimento de uma situação individual: a vida do nativo. A par disso, a astrologia natal pressupõe em grande medida uni conhecimento do meio ambiente coletivo e da natureza do indivíduo estudado (assim como a astrologia horária pressupõe uma "questão" que estabeleça a situação geral a ser considerada). Pois, sem tal conhecimento, o astrólogo não tem nenhum meio de dizer se a carta natal se refere a um homem ou a um animal, a uma criatura dos guetos ou a um aristocrata altamente aculturado. Portanto, sem um conhecimento geral da espécie, raça e classe do nativo, a astrologia natal só pode ser muito vaga e não preenche sua função, que é liberar e ampliar o significado de um destino individual e de uma personalidade única — ampliando assim sua individualidade e qualidade única.

Uma verdadeira astrologia natal desse tipo, portanto, está essencialmente baseada em entendimento psicológico. Lida com interpretação 'subjetiva de fatos objetivos. E um sistema de interpretação de vida criativo e simbolismo criativo aplicado a uma personalidade individual. Teoricamente, sublinha fatores derivados da rotação da Terra ao redor do eixo polar, tal como estuda um ser humano como um complexo de atributos e tendências centrados mais ou menos adequadamente em um eixo individual, o "eu sou" ou ego, a espinha e sistema cérebro-espinhal deste ser humano.


2. Astrologia do coletivo

Em termos gerais, esta é a "astrologia terrena" ou "natural", o tipo de astrologia que era associada com a origem do desenvolvimento e cultura humanos. Ela deu origem a um calendário agrícola baseado num estudo das modificações da força vital— especialmente das influências do Sol e da Lua. Mais tarde veio a ser o símbolo da lei ética e espiritual. Como astrologia "natural", refere-se a mudanças em estações, climas, tempo, como astrologia "mundana", lida com o surgimento e queda de reinados e nações, e com a determinação de vastas influências que moldam o temperamento de grupos e coletividades.

Dois pontos se destacam numa avaliação de um tipo de astrologia como esse: 1) lida com influências reais, com raios e correntes magnéticas que se diz emanarem do Sol, das estrelas e dos planetas e produzir modificações em todos os seres terrestres. Estas mudanças são primeiramente fisiológicas, mas reagem imediatamente na psique — especialmente sobre as emoções; 2) portanto sua abordagem é essencialmente objetiva, o que a torna acessível a tratamento "científico". Isto quer dizer, é em grande parte experimental. Desenvolve-se por meio de julgamentos estatísticos e pode ser comprovada por testes objetivos de um certo tipo e através de medições. Seu modo de operação não é essencialmente diferente do das ciências que lidam com forças telúricas, terremotos, tempo e todas as mudanças de condição mais ou menos cíclicas que afetam todas as espécies biológicas da Terra. Lida com os humores coletivos de homens e nações, assim como outras ciências tratam do crescimento secular de árvores, rochas e continentes. Trata de coletividades humanas ou mudanças psicológicas humanas no coletivo.

Como já foi mencionado, as manifestações mais claras dessa astrologia podem ser vistas no trabalho de T. O. McGrath, em seus estudos dos ciclos de negócios em correspondência com ciclos de manchas solares (11 anos e 2 meses), com os ciclos dos nodos lunares (18 anos e meio) e com outros dois ciclos de respectivamente 40 meses e 56 anos. Ele não chama seu trabalho de astrologia, porque lida com a posição heliocêntrica dos planetas — que são vistos em grande parte como gatilhos liberando atividades solares e porque em geral a abordagem é puramente estatística e concreta. Sol, estrelas e planetas são ímãs imensos, seus movimentos liberam forças elétricas. O sistema solar como um todo e as cercanias de cada planeta em particular são vistos como imensos campos magnéticos interagindo uns sobre os outros. A ciência toda é "eletrodinâmica cósmica".

Edward Johndro, um engenheiro de rádio, talvez tenha sido o primeiro a desenvolver essa abordagem até um ponto de grande complexidade. Ele não abandona totalmente o campo da astrologia natal. Mas, mesmo tratando de natividades individuais, visivelmente ressalta quase exclusivamente o jogo de fatores coletivos e concretos no indivíduo. Por exemplo: a localização geográfica — o lugar de residência de uma pessoa — recebe uma importância suprema: o homem é visto quase completamente como produto de um meio ambiente, mera unidade num vasto sistema de relacionamentos planetários e celestes, um exemplo particular do gênero pomo sapiens. Um outro cabalista e astrólogo, Paul Counsil, está seguindo a mesma linha de abordagem, e uma série de outros trabalhadores nesse campo o estão desenvolvendo permanentemente.

Eles no entanto se especializam em problemas terrenos: na determinação de terremotos, nas "cartas natais" de cidades e nações e em todos os assuntos que afetam coletividades humanas. Em geral eles se orgulham muito de serem "científicos" ou "matemáticos" — apesar de, na verdade, não serem. "matemáticos" no sentido mais profundo do termo, mas sim expositores de um sistema ampliado de eletrodinâmica, que considera a atração e repulsão de planetas uns sobre os outros como bem reais e concretas, mesmo quando formuladas em termos de forças elétricas e não como gravitação newtoniana. Eles não lidam com "símbolos" — como o tipo mais recente de física atômica está habituado — mas com "forças vitais" emanando de estrelas e do Sol.

Num tipo de astrologia como esse, o Sol em geral ocupa uma posição das mais proeminentes como fonte de força vital do sistema todo. Na maioria dos casos a abordagem é, logicamente, heliocêntrica. Estudam-se, primeiramente, emanações solares, e os planetas atuam em grande parte como refletores ou estimulantes de descargas solares. Na antiga astrologia ptolomaica, o Sol era visto como o ponto focal do zodíaco, uma faixa do céu estendendo-se 23° em cada lado da eclíptica. Dentro de seus limites, todos os planetas pareciam mover-se. Projetado no globo terrestre, era o cinturão equatorial — também o domínio do Sol. Assim, enquanto a "astrologia do indivíduo' se refere mais especificamente ao eixo polar, a "astrologia do coletivo" lida em primeiro lugar com forças equatoriais. No homem, estas forças são aquelas que atuam por meio do sistema grande simpático e, especialmente, o plexo solar (e outros centros). Na yoga hindu, estes centros são os "lótus" ou chakras. Mas devem ser diferenciados dois sistemas: o que lida com estes "lótus", que são focos de existência e consciência coletiva; e o sistema que lida com centros na espinha. Um terceiro sistema de "centros" manifestamente também pode ser encontrado na cabeça — dando-nos novamente nossos três termos básicos: coletivo, individual e criativo.

No novo tipo de "astrologia do coletivo", o problema é mais complexo. O Sol é ainda mais o centro focal do estudo, mas evidentemente é preciso usar um zodíaco planetário e um zodíaco solar para tornar as coisas lógicas e coerentes — definindo respectivamente o campo magnético da Terra envolvendo a Terra e o do Sol abrangendo o sistema solar inteiro. Mesmo assim, a astrologia ptolomaica ainda domina a astrologia comum dos nossos dias, e é óbvio que deva ser assim, por causa de considerações práticas bem como por causa do nível em que ainda vive a maioria dos seres humanos — num nível fisiológico, equatorial e coletivo. Primeiro, com o intuito de interpretação astrológica rápida e profissionalmente barata, é claro que não se pode oferecer nada além de "leituras do signo solar": leituras do plexo solar, emocional-vital, equatorial, que lidam com doze tipos básicos de instintos raciais e focalizações coletivas de energia. Depois, poucas pessoas conhecem seu momento exato de nascimento, o que torna impossível uma leitura precisa em termos de fatores de rotação (casas, ascendente, nodos etc.). Logo, o fator estritamente individual continua em dúvida; com muita freqüência é mera potencialidade, e só pode ser visto em termos de "padrões de circunstâncias predestinadas". Astrologia coletiva-equatorial é aquela adequada a pessoas que vivem uma vida puramente coletiva.

Vida coletiva, em nossa era de desintegração racial e cultural,, geralmente significa vida caótica, agitada, comandada pelo ritmo louco do comportamento urbano. Mas em velhos tempos significava crescimento harmonioso da Terra, um crescimento não muito diferente do de plantas e árvores. O grande homem era a flor e o fruto de sua tribo ou raça, uma expressão coletiva levada ao ponto da perfeição estrutural. Ele era um homem perfeito à medida que manifestava perfeitamente as qualidades de sua coletividade racial. Quando fazia isso, era visto como a evidência consciente de uma co- letividade superior — a coletividade de ancestrais aperfeiçoados num sentido, uma vasta hierarquia celestial, num sentido ainda mais remoto (mas também "ancestral"). Um homem assim se tornava um Mediador entre céu e Terra. O que nos leva a um terceiro tipo de abordagem da astrologia.


3. Astrologia oculta

A astrologia oculta não deveria ser considerada totalmente separada dos dois tipos anteriores, tal como não se pode jamais considerar o criativo separado do individual e do coletivo. Vimos que o giro dos polos é determinado por uma combinação de fatores: principalmente a rotação do planeta ao redor de seu eixo e a atração gravitacional do Sol (e da Lua) sobre o cinturão equatorial proeminente (cuja proeminência é outra vez um resultado da rotação axial e das forças centrífugas que esta gera). De modo semelhante, a abordagem oculta da astrologia — ou de qualquer coisa, nessa questão! — é determinada pela qualidade da abordagem do indivíduo e pelo nível de instintos coletivos (vitalidade herdada) que o indivíduo evidencia.

Em tempos remotos, a consciência humana estava centrada essencialmente no nível fisiológico. A inteligência era então instinto orgânico tornado consciente, depois progressivamente abstraído de condições particulares e imbuído de significado universal. Este processo era o que de fato se queria dizer com "Iniciação". Como resultado da iniciação, o ser humano era capaz de projetar seus instintos conscientes e universalizados sobre a esfera celeste — o Corpo de Deus (Macrocosmo e Macroprosopus na cabala). Mas ele também era capaz de receber o Corpo de Deus em seu próprio organismo terreno. Em outras palavras, o universal se tornava particular, à medida que o particular se havia tornado universal. E acreditava-se que o reverso também fosse verdade, porque o universal — Deus e a Hierarquia Celeste de Construtores — se havia projetado sobre a Terra; a partir desta Terra, foi evoluindo uma criatura feita à semelhança do mundo celeste arquetípico e de suas hierarquias — à própria semelhança de Deus; um microcosmo, entretanto, em potencialidade, não em atualidade — até que, por seguir o já mencionado processo de iniciação, a "semelhança com Deus" potencial fosse energizada pela vontade criativa do "eu sou" latente em cada pessoa, e aparecesse como fato espiritual — assim chamado corpo crístico.

Explicar totalmente esse duplo processo requereria todo um volume, que na verdade teria muito pouco significado até que o processo em si tivesse sido experimentado, mas a coisa mais importante a captar é que implica: 1) uma focalização estrutural como um protótipo latente no corpo terreno do homem: 2) uma expansão de consciência, de ego particular para uma consciência universal orgânica. Estes dois processos podem ser chamados involução e evolução. Involução aqui significa a construção de um protótipo "astral" pelas hierarquias celestes no homem terreno como forma potencial de divindade humana. Por outro lado, a evolução refere-se à expansão e à universalização da consciência humana pelos esforços de seu próprio "eu sou" individual até que este "eu sou", tendo assimilado o poder de todas as "virtudes" ou raios divinos, se torne auto-identificado com Deus, se torne avatar de Deus.

Astrologia oculta (quando devidamente entendida!) esclarece muito daquilo que é confuso e intrincado nesses dois processos. O processo involutivo refere-se ao domínio equatorial e ao zodíaco; o processo evolutivo, ao eixo polar e seus movimentos. Até agora, praticamente não houve, em lugar algum, menção direta aos fatores astrológicos envolvidos nesse processo evolutivo oculto. Tudo que se mencionou foi a mudança do nível instintivo da humanidade coincidindo com a entrada do Sol, pela precessão dos equinócios, em constelações zodiacais. No entanto isto é apenas metade da história, mais uma consequência do que uma causa. Permitam-nos repetir mais uma vez que a causa da precessão dos equinócios é o giro do eixo polar.

O zodíaco, no sistema ptolomaico, é um cinturão de fogo criativo circundando a Terra, sendo esse fogo localizado sobre nosso planeta através do disco do Sol — sendo o Sol a lente através da qual o Todo zodiacal focaliza sua energia de doze tipos sobre a Terra. As hierarquias zodiacais são hierarquias de construtores — Cosmocriadores, como são chamados. Juntos, eles constituem o Poder Formativo Cósmico (Mahat, em sânscrito). Na música, eles são representados pelo ciclo de 12 quintas, que rege a sequência de "tonalidades", o ciclo de 12 lyus, que constitui a base da música chinesa. Eles são a série de Grandes Ancestrais, os Patriarcas da Bíblia e da cosmogonia hindu, os Doze Portais da "Cidade Sagrada" no "corpo crístico" do homem etc. Eles se referem ao sistema grande simpático e seus "lótus" (duas hierarquias para cada "lótus", bem como dois signos zodiacais regidos por cada planeta — o Sol e a Lua sendo simbolicamente considerados planetas). Mais particularmente eles se referem ao plexo solar e ao diafragma: o cinturão equatorial, em que se centralizam as paixões "tropicais", acima (coração) e abaixo (sexo). No zodíaco e através dele, a substância terrena se torna Homem. Mas ao longo do caminho do eixo polar, a "árvore" do "eu sou", o Homem se polariza por sua vez nos sete grandes raios do Logos ou Deus. Ele se identifica com os sete raios e os sete avatares do Cristo cósmico (ou Vishnu) — e torna-se o oitavo — Krishna, o Cristo Humano, o Deus Vivo, Ishvara-no-corpo.

Assim, enquanto em simbologia cósmica as hierarquias zodiacais são os construtores dos corpos ou veículos humanos (representados alegoricamente na Bíblia pelo "Tabernáculo na Selva" e o "templo de Salomão"), as Estrelas da Mansão Eterna (polo norte) simbolizam os professores espirituais e avatares, que, um por um, de acordo com o princípio da Transmutação de raios, despertam e dão energia ao "eu sou" do Homem. São eles que personificam as grandes energias ocultas do Dragão da Sabedoria (a constelação Dragão), cuja cabeça aponta para Vega, cuja cauda separa a Ursa Maior da Ursa Menor, e cujo corpo se curva ao redor do polo da eclíptica — o Grande Vazio. Este é o "Palácio Central" da cosmogonia chinesa, Tien-ki, cuja cor é púrpura.

Ainda neste tópico de raios, que os esoteristas têm tratado tão mal, podemos nos permitir citar A doutrina secreta, em que o ensinamento, aparentemente surgiu pela primeira vez em sua forma teosófica moderna:

A estrela sob a qual nasce uma Entidade humana, diz o ensinamento oculto, será para sempre sua estrela, através de todo o ciclo de suas encarnações em un Manvantara. Mas esta não é sua estrela astrológica. Esta se ocupa e está ligada com a personalidade, a primeira, com a INDIVIDUALIDADE. O "Anjo" daquela Estrela, ou o Dhy-ani-Buddha, será ou o "anjo" guia ou simplesmente presidente, por assim dizer, de cada novo renascimento da manada, que é parte de sua própria essência, mesmo que seu veículo, homem, possa permanecer para sempre ignorante desse fato. Cada adepto tem seu Dhyani-Buddha, sua "alma gêmea" mais velha, e eles a conhecem, chamando-a "Alma Pai" e "Fogo Pai" . É s6 na riltima e Suprema Iniciação, no entanto, que eles a apreendem quando colocados frente d frente com a "Imagem"' . brilhante ... Há sete grupos principais desses Dhayan Chohans, grupos que serão encontrados e reconhecidos em todas as religiões, pois são os SETE Raios primordiais. ... Daí os sete planetas principais, as "esferas" dos sete espíritos residentes, sob cada um dos quais nasce um dos (sete) grupos humanos que é por ele guiado e influenciado.

A doutrina secreta, vol. I, p. 572, P á ed.

Os sete "Rishis da Ursa Maior" muitas vezes também são correlacionados com os sete raios cósmicos e com os sete planetas "sagrados", mas de nada vale que a constelação da Ursa Maior esteja fora do circulo descrito pelo polo norte. A simbologia destas constelações ao redor e parcialmente dentro desse circulo é por si um assunto de estudo fascinante. De todas, Dragão presumivelmente é a mais sagrada e misteriosa. O corpo do Dragão corta o circulo do giro polar por volta do lugar em que o polo norte estava em 3102 a.C. — o começo do grande ciclo de Kali Yuga na cosmogonia hindu. Talvez este deva ser considerado, quando não o começo do ciclo polar inteiro, ao menos uma de suas principais divisões.

Em A Treatise on Cosmic Fire, escrito por Alice Bailey, há uma grande parte dedicada à abordagem oculta da astrologia. Mas o assunto não é estudado como um todo, e somente algumas insinuações enigmáticas são feitas a respeito de constelações e estrelas como a Ursa Maior, Sírio, as Plêiades etc. Esperamos que o que foi dito acima possa esclarecer um pouco o campo do simbolismo até agora praticamente intocado.

Ainda é preciso acrescentar mais uma coisa. Para o ocultista, essas constelações e estrelas, aparentemente, não são símbolos, mas manifestações de seres cósmicos, que influenciam nosso planeta e a humanidade. Portanto neste aspecto a astrologia oculta está ligada à astrologia terrena e vitalista — que lidam com força vital, raios solares e cósmicos e coisas assim. Ao mesmo tempo, The Treatise on Cosmic Fire se baseia inteiramente na lei de correspondências — tal como todos os trabalhos ocultos, incluindo a cabala e A doutrina secreta. Mas usar a lei de correspondências é um outro modo de usar simbolismo! Se existe uma "correspondência" entre macrocosmo e microcosmo, entre o cabelo do homem e o cabelo do Grande Homem dos Céus (como na cabala) — então um ou o outro dos objetos "correspondentes" pode ser considerado "símbolo" do outro, ou ambos podem ser ditos igualmente símbolos de uma realidade puramente subjetiva, informulável. Portanto a "astrologia oculta" é, na verdade, e especialmente para todos os estudantes filosoficamente inclinados, um sistema de simbolismo cósmico ligando as naturezas polar e equatorial no ser humano a zonas correspondentes nos céus ao redor da Terra.

Outro tipo de astrologia oculta, simbólico de um modo dramático ou ativo, é aquele que produziu a série de quadros simbólicos, um para cada grau do zodíaco. Discutiremos esta fase da astrologia extensamente num capítulo posterior. Aqui, basta dizer que ela segue as pegadas do I Ching e de todo o esoterismo chinês e tibetano, e, antes deles, daquilo que muitas vezes é chamado Revelação Primordial da Humanidade. Já abordamos este assunto no capítulo a respeito do "processo cíclico", quando falamos de imagens e arquétipos primordiais. Todas essas são manifestações do Criativo cósmico — tal como o é a astrologia oculta. Pois o Céu inteiro em si é uma das primeiras e mais potentes Imagens Primordiais. E ele pode ser considerado como a Criação do Indivíduo Uno, que alguns chamam de Grande Arquiteto do Universo. e outros adoram como Deus.

_______________________________________________________________
Extraído do livro Astrologia da Personalidade, de Dane Rudhyar.

Lilith na Casa 5


Ambivalência materna, desejo e rejeição da criança. Abortos, perdas, problemas ligados ao parto e maternidade, gravidez ou mesmo ambivalência sobre a criança que é rejeitada inconscientemente.

Perfeccionismo, exigência em termos de atividade criativa. Quer uma obra perfeita como e, portanto, está à procura boas razões para não criar.

O padrão é muito alto: desejada e inacessível, desejado e proibida criatividade.

A homossexualidade, por exemplo, ou a rejeição de toda a vida amorosa, rejeição de prazer. Narcisismo.

terça-feira, 5 de julho de 2016

Lilith na Casa 4



Há uma brecha, um corte nas origens da saga da família.

Pode ser uma criança adotada, um exilado, ou uma ignorância da origem, ou drama e sacrifícios que fazem uma família. Haverá uma questão de luto, de mortes reais, deportação de ruína (Pai econômica), de mudança radical na vida dos pais.

Geralmente não vão se sentir bem onde vivem. Mudam de casa, nunca estão satisfeitos no contexto em que vivem, ou tem que mudar de casa por circunstâncias dolorosas.

O peso da família, história, pesam sobre o indivíduo. Ambivalência sobre a família: amado e rejeitado, ou a família é ambivalente sobre o assunto.

Qualidade, Estrutura e Substância, por Dane Rudhyar




Os elementos coletivos (sejam eles cósmicos ou humanos) representam sempre o polo de substância, como oposto ao indivíduo, que representa espírito. Como há elementos de todos os tipos e em todos os níveis de ser, a substância pode ser de vários tipos. Assim falamos de substância física e psicomental. Substância é o resultado do processo de coletivização (seja como desintegração ou criação). A substância resultante da desintegração é o húmus feito de folhas em decomposição, que fornecerá produtos químicos à nova vegetação da primavera. A substância que resulta da criação é, simbolicamente, da natureza da substância-semente.

Alice Bailey escreve em seu valiosíssimo livro, que tenta efetuar urna harmonização entre a psicologia oriental e a ocidental: "A palavra-chave substância, com sua sugestão de materialidade, é uma denominação falsa. No entanto é útil reduzir a palavra às suas origens latinas: sub, embaixo e stare, estar. Assim, substância é aquilo que está embaixo, ou subjaz". Substancia, em seu sentido filosófico, significa substratum. No dicionário, a palavra é definida como "Aquilo que está por debaixo de todas as manifestações exteriores, aquilo a que propriedades são inerentes". Em bases filosóficas de coerência lógica, precisamos postular uma "substancia psicomental" como um substrato das atividades psicomentais do espírito (ou, no ser humano, a "qualidade" individual, que é sua realidade espiritual). Cada domínio de manifestação do espírito precisa ter um tipo de substância correspondente, sendo espírito e matéria absolutamente correlatos. Substância psicomental pode ser considerada urna emanação e um produto refinado da substância física. Ou pode ser que aquela substância física seja a condensação de urna "matéria mental" universal.

Se uma argumentação como essa deve ser desconsiderada por ser "metafísica" e não baseada em experiência, então desconsideremos toda a nova física atômica. O éter, ou a curvatura do espaço, ou elétrons e fótons, são todos postulados como substrata de atividades registradas. As atividades são registradas, mas nenhum olho jamais verá o éter, ou o elétron, e muito menos o "espaço curvo". Há tanta evidência, de fato muito mais evidência, da existência de urna substancia "psicomental" quanto da existência de elétrons, que são apenas necessidades lógicas. Além disso, qualquer conceito de sobrevivência da consciência, ou imortalidade — conceito que Jung considera um pré-requisito normal para a saúde psicológica — requer obviamente uma substância psicomental. Pois uma vez que a substância física se foi, obviamente deve haver algum outro tipo para servir de substrato à consciência. Se isto é negado, então a negação é mera discussão sobre palavras e um apego arcaico da consciência à "imagem primordial" de urna substância tangível.

Entretanto, é preciso acrescentar que a questão quanto a se tal substância psicomental postulada pode ser realmente experimentada pelo homem, ou não, depende de ela ser susceptível, ou não, de desenvolver sentidos superfísicos, ou órgãos de percepção direta. Mesmo que ela não possa, existe uma coisa como "evidência inferencial".

Em oposição à substância, o que chamamos qualidade representa a identidade espiritual do todo vivente. Em nossa discussão da filosofia do tempo vimos que cada momento do tempo é criativo de um modo particular, que é, figurativamente, impresso sobre qualquer todo que atinja a condição de existência independente naquele momento. A qualidade do momento e a qualidade da totalidade do todo são idênticas. Essa qualidade, quando projetada fora do tempo, por assim dizer, é a mônada do todo específico considerado. É o Um-que-é-no-começo. Representa o polo individual.

Qualidade, ou mônada, pode referir-se a uma espécie ou a um único ser humano. Deveria ficar evidente, a partir do que foi dito previamente, que no nível .fisiológico, a qualidade é genérica, não pessoal. Em outras palavras, em termos fisiológicos, existe apenas uma mônada para o todo da humanidade, assim como existe apenas uma mônada para a espécie ou gênero do gato ou do cachorro. Individualidade reside na espécie ou subespécie e não num espécime em particular, um certo gato ou um certo cachorro. No entanto há um número infinito de graduações. Individualização, o tornar-se diferente da norma, tem algum lugar no nível fisiológico. Mas, e este é o ponto importante, apenas à medida que fornece uma base para (concepção substancial), ou é a expressão de (concepção espiritual) fatores psicomentais.

O que talvez fosse melhor dizer é que a individuação fisiológica é de uma ordem inferior à individuação psicomental. A primeira representa uma ênfase coletiva, a segunda, individual. Isto ficará claro se lembrarmos que o começo do ciclo da humanidade (na verdade, de qualquer ciclo) é um ato criativo liberando elementos coletivos que possuem apenas a potencialidade de individualidade. Para repetir o que já dissemos: do Ser-semente do fim do ciclo precedente emana criativamente uma forma (ou estrutura) prototípica no começo do ciclo humano. Esta forma, mais a energia da qual é dotada, é a exteriorização da qualidade ou Ideia, que, no Ser-semente, condicionou o ato criativo. Esta qualidade é a mônada do genus pomo: seu arquétipo-númeno. No ato criativo, ela é exteriorizada como energia e como estrutura. A estrutura permanece imutável, tal como o projeto durante a operação de construção. Mas a energia passa por um processo de diferenciação e transformação, isto equivale dizer: o dinheiro (energia social) reservado para a construção no início das operações vem a ser madeira, tijolos, encanamentos e o salário dos construtores.

Em outras palavras, a ideia do edifício é o arquétipo. Ela condiciona as operações de construção — o ato criativo. Este envolve a exteriorização da "ideia do edifício" como projeto, e também a liberação de uma soma de dinheiro — energia — para pagar pela construção. Quando as operações de construção são completadas, o projeto tornou-se substancializado num corpo concreto. A energia transformou-se em trabalho e na reunião de materiais, mas quando o edifício (digamos, um prédio de apartamentos) é alugado, o dinheiro gasto em sua construção retornará à sua fonte, com um lucro (se tudo correr bem!), no final do ciclo do negócio.

Essa ilustração mostra que o "ato criativo" libera elementos coletivos (isto é, dinheiro — um valor estritamente coletivo), mas com a potencialidade de individualidade (a planta, como uma exteriorização da "ideia"). O prédio de apartamentos acabado terá uma certa quantidade de individualidade genérica. Terá uma certa qualidade, em termos da quantidade de dinheiro (energia) despendida, bem como de sua estrutura. Portanto atrairá uma certa classe de pessoas como ocupantes. Estes ocupantes, vivendo juntos e interagindo, constituirão (se nos for permitido forçar uma ideia) uma comunidade de interesses, pensamentos e comportamento — que poderia ser descrita como a entidade psicomental do prédio de apartamentos. Dentro da estrutura genérica do prédio desenvolver-se-á uma estrutura psicomental individual. Esta ultima obviamente será um tanto moldada pela primeira. Mas esta estrutura de prédio terá sido "criada" pelo arquiteto-proprietário com vistas a atrair, por meio de características especiais, uma certa classe de gente.

Se você acrescentasse que o arquiteto-proprietário pode ser um grupo cooperativo de pessoas construindo o prédio para viver nele, poderia ter um quadro mais completo da concepção espiritual. Aquele grupo cooperativo representa o Ser-semente do ciclo precedente. E sua própria energia-dinheiro que está sendo gasta no prédio em que, como um grupo, ele viverá e do qual retirará novos benefícios e um maior sentido de integração. Pode-se dizer que o prédio tenha sido construído durante o verão, quando o grupo cooperativo está em férias da cidade; ou talvez o grupo todo ainda viva numa outra cidade enquanto a casa na nova cidade está sendo construída. O fato é que, de qualquer maneira, o grupo não se muda para o prédio, como moradores, até que ele esteja completado — mesmo que algumas alterações menores e a decoração dos vários apartamentos aconteçam depois de tomarem posse.

A ilustração, obviamente, é apenas uma ilustração, que não deve ser encarada literalmente, mas ela poderá ajudar a focalizar (esperamos que não cristalizar) algumas das ideias abstratas anteriormente descritas. Podemos prosseguir com a ilustração considerando o comportamento do grupo cooperativo como moradores. A estrutura do prédio, isto é, o modo como os apartamentos estão desenhados, determina uma grande parte de suas atividades diárias, tais como ir da cama para o banheiro, do banheiro para a sala do café da manhã etc. Estas atividades são inconscientes: elas dependem da estrutura genérica do prédio. Elas são poderosas e fixas, determinadas por uma estrutura imutável, por "imagens primordiais", isto ë, pelo projeto original do prédio (o protótipo do genus pomo), que por sua vez foi condicionada pelos hábitos, consciência e riqueza anteriores do grupo cooperativo que projetou esta "ideia". Em outras palavras, são os resultados finais de um passado muito, muito remoto.

Por outro lado, o que as pessoas pensam nas escrivaninhas de seus escritórios e todas as atividades emocionais que ocorrem entre os moradores em seus respectivos apartamentos, ou quando se visitam uns aos outros, não estão muito ligados ou condicionados pela planta do prédio. Muitas coisas diferentes podem ser feitas na sala ou no escritório — de fazer amor, a servir chá e jogar bridge ou dar um recital. As atividades mais psicológicas e conscientes dos moradores são relativamente livres da estrutura do prédio, enquanto seus movimentos fisiológicos e quase inconscientes são mais regulados por ela.

Neste ponto a ilustração se torna bastante desajeitada, mas ainda poderá servir para algum propósito. O que ela tenta transmitir é a diferença entre estruturas permanentes, que são genéricas, no homem, e estruturas não-permanentes, que são mais pessoais. As primeiras se referem ao inconsciente; as últimas ao consciente. 0 genérico é o coletivo à medida que representa características e atributos que são propriedades comuns de muitos. Por outro lado, essas características genéricas podem ser localizadas não apenas nas experiências e reações comuns sob as mesmas condições geográficas e ambientais prolongadas (como Jung afirma, sendo um cientista moderno), mas, é preciso dizer, na concepção espiritual, ter sua origem no ato criativo de um "Indivíduo Maior", o "Deus-do-fim" do ciclo precedente.

Portanto, "inconsciente genérico" seria um termo melhor quando se referisse a elementos envolvendo estruturas comuns básicas, tais como "imagens primordiais". Por outro lado, o termo inconsciente coletivo significaria mais especificamente os resultados do processo de civilização no plano psicomental — a lenta estruturação de ideais da humanidade que, passo a passo, integram as almas ou mentes de todos os homens no Ser-semente do final do ciclo — no nível psicomental. "Genérico" refere-se mais aquilo que resulta de estruturas fisiológicas comuns a todas as pessoas, enquanto "coletivo" se aplica mais estritamente àqueles elementos psicomentais que estão sendo liberados por indivíduos criativos no curso da evolução humana e, depois de terem sido assimilados por muitas gerações, tornam-se a herança comum de toda a humanidade.


_______________________________________________________________
Extraído do livro Astrologia da Personalidade, de Dane Rudhyar.

segunda-feira, 4 de julho de 2016

Lilith na Casa 3



Dá, muitas vezes, na morte do irmão ou irmã antes de seu próprio nascimento, ou até mesmo um aborto, tendo, portanto, "o lugar dos mortos" (mesmo nome, etc.). Ou talvez a morte do irmão  ocorre durante a sua própria infância, mostrando que uma criança pode morrer e não é invulnerável à morte, para que eles possam trazer uma neurose de fracasso, de recusa, para tomar o lugar de seu irmão que desapareceu.

Há também um fundo incestuoso com um irmão.

Sacrifício, interrupção de estudos, ou uma mudança da orientação desejada.

Dificuldades na juventude, bloqueando ou obrigando a entrar em contato uma deficiência.

Há também tal perfeccionismo com a escrita que termina com uma autocastração.

Pode haver um acidente inconsciente em busca de autopunição, penalidade.

A Fórmula da Transformação Cíclica, por Dane Rudhyar




A fórmula cíclica que se segue, evidentemente, é apenas o mais simples tipo de estrutura, que precisa ser suplementada a cada caso particular por uma muito mais complexa, mas é paralela à fórmula igualmente simples do yang-yin da China, e afirmamos que ela tem a mesma validade universal. Seu valor está em nos dar uma nova perspectiva sobre fatores psicológicos (conscientes e inconscientes) e nos permitir interpretar todos os processos vitais no nível psicomental.

Iniciamos o ciclo com o indivíduo, isto é, com uma entidade única na qual está integrado certo número de elementos coletivos. Desse indivíduo emanam, através de uma operação que estudaremos aqui, novos elementos, que são a exteriorização de seu ser individual.

Esses elementos, uma vez liberados pelo indivíduo, tornam-se elementos coletivos. Eles se registram nas mentes de outros indivíduos, que podem ou não assimilá-los; tornam-se propriedade comum de toda a humanidade. Tais elementos coletivos, emanados por indivíduos, são todos acrescentados ao depósito de experiência coletiva e conhecimento coletivo. Eles acumulam e constituem uma memória racial, da qual emerge uma cultura, ou, em geral, uma civilização.

Civilização, em seu sentido mais elevado (e não como descrita por Spengler, que vê apenas sua sombra), realmente é um processo. E o processo de integração de elementos coletivos. Cada geração de homens empurra o processo um passo adiante, à medida que indivíduos dessa geração emanam novos elementos a partir de suas próprias identidades individuais. Civilização, como um processo, culmina com a formação do que os místicos chamaram "cidade sagrada", a "nova Jerusalém" — e, ao menos num certo sentido, a "Loja Branca". Isto quer dizer: termina na construção de uma formação ou entidade individual — no nível psicomental — que podemos chamar, como H. P. Blavatsky, de "Manu-Semente". Ela é a semente da planta psicomental da civilização.

Essa semente, como um Indivíduo psicomental e, num certo sentido, cósmico, emana, no início, de elementos coletivos de um novo ciclo. Esses elementos coletivos constituem as "imagens primordiais do inconsciente" de que fala Jung. São também a "revelação primeva" da teosofia e a "soma total de ideias inatas" de outros sistemas filosóficos. Estas, combinadas com uma nova terra, ou, em termos genéricos, novos materiais substanciais, constituem por sua vez as estruturas arquetípicas ("as entidades astrais") de um novo tipo racial. A partir da matriz, que esse novo tipo racial constitui, emergirão indivíduos pelo processo de evolução ou individuação. E o ciclo recomeça.

A fase do processo cíclico durante a qual o indivíduo emana elementos que se tornam a "matéria" psicomental coletiva da civilização é a de coletivização. A fase durante a qual essa "matéria" se integra no "Manu-Semente" ou "cidade sagrada" é a fase de individuação. Reproduz numa escala maior o processo segundo o qual um homem isolado integra todas as energias psicomentais de seu ser e se torna "individuado", no sentido junguiano do termo. Um processo semelhante é o que a ciência moderna chama evolução — da ameba ao homem, mas em vez de tal processo ser uma linha reta em progressão, é cíclico.

O que pode confundir o leitor é o desenvolvimento simultâneo do homem como uma espécie e de uma multidão de homens como personalidades relativamente individuadas. Por isso precisamos distinguir entre homem genérico e homem pessoal, entre o "indivíduo menor" e o "Indivíduo Maior". Homem genérico é a imagem emanada (ou "sombra") do "Manu-Semente" do ciclo cósmico precedente, e este "Manu-Semente" representa o "Indivíduo Maior", que é um "Todo emergente" feito da quintessência de "indivíduos menores" — ou seja, personalidades humanas. Este "Indivíduo Maior" do final do ciclo manifesta-se como o "Criador" do começo do ciclo. Ele "cria" uma nova espécie: sua própria imagem. Assim "Deus" criou o homem à sua própria imagem, mas "Deus" é a soma total individuada de todos os elementos psicomentais coletivos emanados dos indivíduos do ciclo precedente. De indivíduos atuais estão emanando "ideias" e "energias" que, uma vez individuadas, em algum tempo distante, na síntese final de todas as civilizações humanas, serão o "Deus" que irá "criar" alguma nova espécie de "homens" no começo do futuro ciclo cósmico na Terra (ou talvez em outro lugar).

No entanto não devemos esquecer que o homem genérico, sendo portanto a criação ou emanação do "Indivíduo Maior", originalmente é uma massa de elementos coletivos. O homem genérico não é um indivíduo, mas a matriz da qual o indivíduo surgirá após um longo processo de individuação. Talvez ainda mais importante: precisamos saber que esse processo ocorre primeiro no nível fisiológico e depois no nível psicomental. Assim as antigas mitologias falam de várias "criações"; assim A doutrina secreta menciona primeiro a projeção de "sombras astrais" (isto é, formas arquetípicas) de seres humanos, depois "fagulhas de mente" — os núcleos em que germina e se desenvolve o ser psicomental do homem. Num certo sentido, os dois são um, mas operam em níveis diferentes de ser e organizando um tipo diferente de "substância".

Sem entrar na discussão de pontos difíceis da cosmogonia "oculta", podemos dizer no entanto que nenhuma criação nasce ou emana do seu criador como um indivíduo — nasce apenas com uma potencialidade (mais ou menos compulsiva) de identidade individual. Assim, precisamos diferenciar em cada homem entre o self racial e o self individual (potencial ou realizado). O primeiro é coletivo em sua natureza, o último, individual. Em outras palavras, o tipo genérico de homem (honro sapiens) atinge primeiro um certo ponto de cristalização, que é individuação genérica, e então começa o processo de integração pessoal a partir desse fundamento genérico.

A individuação genérica é um processo que afeta a soma total de seres humanos que pertencem a um grupo mais ou menos bem determinado. Opera pela reunião, num ambiente geográfico definido, de seres humanos que foram projetados (como "emigrantes") de vários grupos relativamente individuados e se tornaram assim, à luz da raça, "elementos coletivos". Estes elementos coletivos de várias classes são lentamente homogeneizados. O que os homogeneíza num tipo genérico (ou, mais tarde, na "cultura") é uma série de experiências comuns e a assimilação comum de certas ideias e "criações" emanadas de indivíduos criativos do grupo. E com o termo indivíduos criativos não queremos apenas dizer "artistas criativos". Qualquer um que tenha uma nova ideia e descobre um novo significado em qualquer experiência, ou que correlaciona certos fatos da experiência de modo novo, especialmente de modo simbólico — é um criador. Como aquilo que ele assim criou é assimilado por vários homens de seu grupo, dá-se um novo passo em direção à integração grupal ou individuação genérica.

Nossos corpos foram construídos e seus tipos e funções determinados exatamente desse modo — mas através de milhões de anos de individuação genérica. A herança comum da humanidade se acumulou por milhares de milênios. Essa herança comum é o "inconsciente coletivo" formulado por Jung. Ele tem um poder estruturador tremendo. E suas estruturas determinam o tipo genérico — tanto de nossos corpos como de nossas psiques. Mas não nos esqueçamos: essas estruturas do inconsciente coletivo não são apenas o resultado da assimilação das criações dos "indivíduos menores" (como definido acima); também estão ligadas causalmente àquelas "imagens primordiais" ou "ideias inatas" que, no início do ciclo de nossa presente humanidade, emanaram do "Indivíduo Maior", o "Manu-Semente" do ciclo precedente.

Repetindo, o que torna as coisas um tanto complexas é que individuação e coletivização operam em vários níveis e se harmonizam. Mas, se entendermos a fórmula que se segue, um fio de Ariadne poderá nos levar em segurança pelo labirinto do processo vital cíclico: este processo vital é de coletivo para coletivo através do individual. Mas também poderíamos dizer: de qualquer nível de individuação ao nível superior seguinte através do criativo. A primeira formulação é à luz da substância; a segunda, a partir do espírito, ou unidade.

Se tomamos a formulação de acordo com o espírito, temos a fórmula mencionada no início deste capítulo: começo-meio-fim, ou Deus-do-começo — o processo vital dualista — Deus-do-fim, ou semente-planta-semente, ou mônada-personalidade-self, em termos psicológicos. Usando o simbolismo alfa e ômega, poderíamos simbolizar a fórmula pela palavra amo, que em latim significa "eu amo". Compará-la ao Amen latino, ao Aum sânscrito e ao Omi chinês poderá ser interessante para o estudante de simbolismo. De acordo com nosso presente alfabeto, a formação simbólica deveria ser Amz. M representa o coletivo — que obviamente é análogo ao elemento-mãe ma e ao mar (mar em latim), A e Z representam os dois estágios da Semente ou do Indivíduo, o inicial e o culminante ou sintético. Segundo a psicologia, A representa a mônada; M, a personalidade (em nosso sentido do termo, equivalente ao manas sânscrito); Z, representa aquilo que, como Jung, chamamos Self (si-mesmo) (em sânscrito Sva, sendo S o equivalente sânscrito para Z, uma raiz encontrada com pequenas diferenças em praticamente todas as línguas indo-européias).

Se, no entanto, aceitamos a fórmula: de coletivo para coletivo através do individual, colocamos em primeiro lugar o processo mundial de mudança, o vasto mar de elementos cósmicos, formando todos mais ou menos individuais, que por sua vez se decompõem em partes. Então o indivíduo é apenas uma inflorescência momentânea de um processo, a crista das ondas de um oceano em permanente movimento.

_______________________________________________________________
Extraído do livro Astrologia da Personalidade, de Dane Rudhyar.

domingo, 3 de julho de 2016

Lilith na Casa 2



Atitude suicida com os bens materiais, com o dinheiro. Desejo e rejeição de bens, desejo de liberdade dada pelo o dinheiro, e rejeição da escravidão de tudo o que leva a ganhá-lo.

A relação com o dinheiro é ambígua.

Pode-se falar da neurose, de falha do momento em que o sucesso financeiro começa.

Você pode ter dificuldades físicas, provas, sacrifícios, voluntários ou involuntários.

Individual e Coletivo, por Dane Rudhyar

 



Todas as manifestações da vida podem ser vistas como envolvendo um dualismo de elementos ou tendências. Onde os chineses diziam yang e yin, poderemos usar os termos individual e coletivo, e ver que esse dualismo se transforma pela operação de um terceiro princípio: o "criativo". E claro que as palavras em si não são novas. Elas vêm sendo usadas especialmente na psicologia e em relação com organização social, política — e mesmo, ultimamente, têm ficado implícitas nas teorias recentes da física moderna (especialmente no dualismo de "partícula" e "onda"). No entanto — ao que saibamos — esses conceitos básicos não foram usados numa tentativa de integrar a totalidade do conhecimento humano, ou de oferecer uma interpretação consistente do ser e do vir-a-ser. Mais Uma vez, precisamos repetir que aqui estamos apenas sugerindo como uma tentativa desse tipo poderia ser feita, e isso para estabelecer uma reinterpretação dos símbolos astrológicos num fundamento verdadeiramente todo-abrangente em seu escopo.

A filosofia do holismo, à qual o general Smuts deu uma formulação extremamente interessante apesar de incompleta, será de grande ajuda para nós no sentido de mostrar como o processo evolutivo da vida e seus fatores contribuintes podem ser reinterpretados de um modo que seja fiel ao espírito da futura civilização.

O todo e as partes são apresentados como os dois termos do processo da vida. E a introdução desses dois termos como últimos cósmicos é um passo tremendo - apesar de o general Smuts parecer um tanto tímido quanto a generalizações verdadeiramente metafísicas e cósmicas. Apesar disso, ele caracteriza a natureza do processo mundial da seguinte maneira:

Este é um universo que faz todos. ...A realidade última do universo não é nem matéria nem espírito, mas totalidades. ...0 holismo, como um processo criativo ativo, significa o movimento do universo em direção d totalidade cada vez maior e mais profunda. Este é o processo essencial, e todas as atividades e relações orgânicas e psíquicas devem ser entendidas como elementos e formas desse processo. ...0 surgimento e autoproteção de todos dentro do Todo é o processo lento mas infalível e a meta desse universo holista.
(Holism and Evolution, 1926)


Um quadro como esse, quando completado pela ideia de que a alma ou o self devem ser entendidos como a totalidade dos todos (cf. Cap. 2), constitui uma reavaliação revolucionária da atitude humana diante da vida. O dualismo de espírito e matéria, que era uma outra forma de dualismo fisiológico, pois significava originalmente o de movimento e inércia, é substituído pelo de totalidade e partes. E a unidade do processo é enfatizada em se dizendo que "Holismo é um processo de síntese criativa ... o movimento do universo em direção à totalidade cada vez maior e mais profunda".

Não podemos discutir aqui completamente as implicações metafísicas e algumas das ineficácias metafísicas do quadro apresentado pelo general Smuts. Tudo que podemos dizer é que numa ideia de progressão infinita como essa, visivelmente do caos à totalidade perfeita, bem como na ideia oposta, sustentada por muitos cientistas contemporâneos, de um universo decaindo para um nível neutro, percebemos a falta da concepção da natureza cíclica do tempo e da relação entre tempo e totalidade. Não vemos como uma fórmula de integração universal possa ter validade real a não ser que seja cíclica — a não ser que o princípio e o fim, por assim dizer, se encontrem, e esse ponto de encontro pode ser considerado como absoluto e atemporal - o Eterno Agora.

Em outras palavras: 1) o processo vital não é uma mera progressão ascendente; 2) envolve dois movimentos complementares, que, vistos separadamente, operam em direções opostas, mas que podem ser integrados num terceiro termo. Este termo não é um movimento. Não há progresso envolvido.

O primeiro movimento pode ser denominado individuação — desde que se dê à palavra um sentido muito mais geral do que o que Jung lhe atribuiu. O segundo movimento pode ser denominado coletivização.

O terceiro termo é o criativo. O crucial de todo esse assunto está no entendimento correto deste terceiro termo. Para compreender seu significado um tanto difícil, veremos como operam os dois movimentos que ele sintetiza e equilibra.

Individuação. É o processo através do qual elementos que são relativamente não correlatos (sendo inconcebível a ausência absoluta de correlação) se reúnem ou são reunidos e constituem um todo. Assim definido, o termo é sinônimo de "integração".

Coletivização. E o processo através do qual traços, faculdades ou energias características, que haviam sido adquiridos por indivíduos como indivíduos, tornam-se propriedade de grupo por transmissão direta ou indireta.

Para perceber essas definições com clareza, será necessário analisar os dois conceitos no sentido filosófico — individual e coletivo —, para assim conseguir um quadro definido do que significam esses termos, muitas vezes utilizados superficialmente.

Um indivíduo é uma entidade na qual uma série de elementos estão integrados de maneira única. Estes elementos são herdados dos ancestrais lineares daquele indivíduo ou assimilados por ele de um ou de outro modo desde que começou a existir num estado de independência relativa. O que constitui a individualidade é o fato de a maneira pela qual esses elementos herdados e assimilados se combinarem ser única.

Essa qualidade única entretanto pode não ser absoluta. Pode ser relativa a um certo agrupamento fortuito de entidades ou à posse de características fortuitamente isoladas. Por exemplo: no meio de um cardume de peixes indo numa direção, você vê um peixe nadando na direção oposta; este peixe age como um indivíduo. Seu comportamento tem uma característica que é única. Se três peixes se comportam de um modo e milhares de outro, ainda se pode dizer que os três peixes têm um comportamento relativamente individual. Mas, considerados como entidades em si, eles provavelmente são peixes exatamente do mesmo modo como os outros, e assim não podem ser denominados indivíduos.

Se então você olha para uma parede de tijolos, pode dizer que todos os tijolos são iguais. Mas você pode dizer que ocupam lugares individuais, pois cada tijolo, em termos do fato de ocupar um lugar definido, é único. Dois tijolos não ocupam o mesmo lugar.

Por outro lado, a palavra coletivo refere-se a conjuntos que, ao menos em termos relativos, não têm características únicas definidas ou bases em tempo e espaço, ou a atributos que se descobre serem posse comum de muitas entidades. Olhos azuis são fatores coletivos, mas os olhos de meu amigo, Sr. X, são individuais — pois são únicos e uma das características da constelação única de fatores humanos que é conhecida por Sr. X. Em outras palavras, a relação entre individual e coletivo é um tanto análoga à que existe entre o particular e o universal, apenas a palavra universal tem várias conotações e um sentido etimológico que estão à margem do assunto que queremos analisar agora. É preciso acrescentar também que o significado estrito de individual e coletivo varia de acordo com o tipo de entidades a que se aplica. O significado geral, no entanto, permanece o mesmo.

Pode-se dizer de cada entidade viva que ela possui tanto elementos individuais quanto coletivos. Como com qualquer dualismo básico de princípios, os dois nunca estão separados. O que conta e o que pode ser medido é a proporção relativa em que ambos coexistem. No ciclo anual chinês de transformação, não se encontrou nenhum dia em que ou yang ou yin não estivessem operando. Mas à medida que yang aumentava em potência, yin diminuía, e vice-versa. Do mesmo modo, à luz do holismo, não existe um todo que não possa ser considerado parte de um todo maior (ao menos potencialmente), e nenhuma parte que não seja o todo para partes menores das quais é a soma total e síntese.

Quando lidamos com seres complexos, com organismos que reúnem miríades de células e vidas por meio de um arranjo estrutural mais ou menos definido, vemo-nos confrontados com a necessidade de usar os termos individual e coletivo como adjetivos qualificando os elementos constituintes desses todos complexos. Individual e coletivo estão sempre qualificando tudo aquilo que é. Tudo aquilo que é está sempre sendo atraído pelos dois grandes poderes em direção à qualificação individual ou em direção à qualificação coletiva. Esse é o grande drama universal de ser.

Naturalmente é no ser humano que o drama é mais significativo e mais completo — ao menos para o ser humano! Assim, através da observação de sua operação em nosso ser total, seremos mais capazes de vê-lo operar de modo mais simples ou mais grandioso, em átomos ou galáxias.

_______________________________________________________________
Extraído do livro Astrologia da Personalidade, de Dane Rudhyar. 

sábado, 2 de julho de 2016

Lilith na Casa 1



Dá um tipo de olhar penetrante que atravessa as pessoas. Coloca distância entre o sujeito e os outros que fascina, atrai, magnetiza. Quanto mais perto do Ascendente, mais evidente é. Não é uma pessoa faladora, o olhar fala por ela.

Faz as mulheres com características masculinas, autoritárias. Aos homens não os afemina, pode ser que lhes outorgue de ser poeta, místico, filósofo.

Pode ser um componente de homossexualidade.

Também pode resultar para o psicólogo, para o astrólogo, aquilo que ajuda a tomar consciência, aquilo que dá iniciativa aos demais.

Há força de juízo, porém intransigência.

Tem um ideal ascético.

Pulsões fortes e inconscientes para progredir espiritualmente, às vezes, pelo contrário, torturas por um vazio interior muito grande.

A Fórmula do "Novo Mundo", por Dane Rudhyar





Estas as Weltanschauungen, ou visões de mundo, chinesa e hindu. Afirmamos ser possível um terceiro tipo de integração universal, que enfatizaria não o Um-que-é-no-começo nem o "processo" que chamamos vida — mas a soma total última, a consumação, a reunião de todos os elementos no "círculo de totalidade". Um sistema como esse obviamente integraria algumas das características das filosofias chinesa e hindu típicas. Incorporaria além disso a ênfase peculiar que a cristandade dá à "personalidade" e ao processo de crucificação — uma ênfase aparentemente ausente do sistema chinês. Finalmente, esse sistema precisaria abrigar a nova mentalidade científica à medida que esta envolve uma abordagem crítica e analítica do mundo dos fenômenos naturais e uma tentativa de assim aprofundar a compreensão do processo de mudança.

Um sistema como esse, uma tal atitude diante da vida, está se formando lentamente diante de nossos olhos. Faltam-lhe apenas alguns fatores básicos de coordenação, uma visão mais ampla, livre dos preconceitos europeus, um temperamento verdadeiramente estético e criativo — e um impulso espiritual coletivo que pode estar reunindo seu momentum agora mesmo, a partir do colapso da velha civilização europeia. Pioneiros em praticamente todas as esferas de atividade humana estão contribuindo para a construção de uma nova visão de mundo como essa. Talvez o termo holismo seja tão bom quanto qualquer outro para caracterizar essa nova atitude diante da vida, se o sentido do termo for ampliado além da definição do general Smuts. Temos usado a frase "filosofia da totalidade operativa". Em nosso capítulo anterior, definimos a concepção verdadeiramente "estética" da vida e sua relação com a nova psicologia, especialmente como formulada por Jung. Num capítulo anterior, tocamos no assunto da nova atitude da ciência, cujas descobertas talvez venham a fazer mais pelo estabelecimento da nova filosofia de viver e ser do que qualquer outro fator. Precisamos mencionar não apenas aqueles movimentos nos campos da organização, da política e da jurisprudência social que balbuciam as primeiras sentenças da nova linguagem humana, mas, acima de tudo, a imensa pressão dos fatores econômicos, a influência de nossas máquinas e de nossa tecnologia, que serão o fator prático determinante das mudanças materiais.

Então existe a nova consciência religiosa e o poder de movimentos que lidam com ocultismo e misticismo — até mesmo espiritualismo. Nos livros de Alice Bailey, as características do novo tipo de consciência, emergindo aqui e ali em toda parte, e as implicações mais amplas do trabalho em grupo numa base mundial estão 'descritas com clareza irrefutável. Seu estudo das atividades do que ela chama Novo Grupo de Servidores do Mundo, apesar de ser feito com base em ideias ocultistas que podem desconcertar muitos, é uma expressão magistral de uma visão que abrange o todo da humanidade.

No entanto, o que é preciso é uma apresentação simbólica simples de princípios vitais tal como a encontramos no antigo I Ching: uma fórmula geral que relacione, centralize e cristalize todas as novas ideias e ideais; que formule de maneira nova e significativa as forças básicas que em todos os campos procuram um novo tipo de ajustamento. Compreendendo a magnitude óbvia da tarefa, pareceria presunçoso até tentar. No entanto, o que é mais simples do que os princípios básicos do I Ching? Nossa civilização está sobrecarregada de complexidades. Ela precisa de algumas poucas ideias simples e sintetizadoras, que por fim possam coordenar estruturalmente o labirinto assustador de nosso conhecimento intelectual. Precisa de um, ou de alguns poucos símbolos significativos para integrar toda a massa de materiais, dados e ciências que superlotam nossas enciclopédias. Isto pode ser encontrado neste presente momento? E difícil dizer. Mas de qualquer modo podemos contribuir com uma sugestão em direção a uma solução final. Por outro lado, os conceitos que se seguem serão de valor essencial para nós na determinação das bases do simbolismo astrológico. E não esqueçamos que o simbolismo astrológico, como simbolismo, poderá vir a ter um papel muito importante para tornar concretas e inteligíveis algumas das ideias mais profundas envolvidas na filosofia da nova civilização.

_______________________________________________________________
Extraído do livro Astrologia da Personalidade, de Dane Rudhyar. 

sexta-feira, 1 de julho de 2016

A Fórmula Chinesa, por Dane Rudhyar




É claro que este sistema é fundamentalmente diferente do sistema chinês, que coloca ênfase na realidade do "processo" e no dualismo que ele envolve. O yang e o yin, as duas polaridades cósmicas, são vistas em sua inter-relação cíclica, O tempo já não é mais a fatalidade que força o espírito à reencarnação, mas é a realidade básica de todo o processo de mutação. Toda a vida é um ritual de mutação, um drama mostrando as atividades correlatas de yang e yin, e apresentando suas transmutações sucessivas. Estas mutações são simbolizadas geometricamente, primeiro num sistema triplo de manifestação arquetípica (pois cada relação entre dois elementos envolve ação, reação e interação), depois num domínio sêxtuplo de atividade, que é o domínio do drama verdadeiro ou do desempenho externo. Formam-se assim 64 hexagramas, representando todas as fases possíveis de interação entre os dois princípios no domínio da atividade. Esses hexagramas então são distribuídos em um círculo, tal como os signos do zodíaco na astrologia moderna.

O que esta série cíclica de hexagramas representa é o drama universal da vida, o padrão cósmico de toda atividade e de toda reação a atividade (a que chamamos conhecimento). Mais especificamente, representa o gráfico das mudanças de relação entre Sol e Lua durante o ciclo do ano. Mas essa relação, que se curva ao longo do caminho da órbita da Terra, na verdade é a própria origem do princípio vital em tudo. A vida não vem do Sol. Vida é o resultado da relação entre Sol e Terra, entre energia e substância, entre Luz e Escuridão.

No solstício de verão, domina o yang, no solstício de inverno, o yin; nos equinócios eles estão num estado de equilíbrio dinâmico. Mas no outono, o yin aumenta, enquanto, na primavera, o yang aumenta e o yin diminui em intensidade. Portanto, quatro pontos cruciais, a Cruz da atividade, os quatro Atos do drama — que um Quinto Ato pode, ou não, sintetizar. Este Quinto Ato é a "Quintessência" do ensinamento alquímico. E o Quinto Ramo — a casa do Criativo, seja acima ou abaixo. É o lugar sagrado onde reside Tao, o Grande Significado, o ápice da pirâmide baseada nos quatro pontos cruciais do ano, o Símbolo de todos os símbolos. Tao é a solução de todos os conflitos, e por isso não é uma coisa nem mesmo uma essência, mas um processo. E o Processo na Cabeça, o caminhar do Iniciado ao subir os degraus que levam ao topo da pirâmide — um topo plano, originalmente, pois o ápice em si somente poderia ser o Fogo místico se elevando do altar exaltado, o altar em que os Quatro Erros (que na verdade são concepções limitadas) são queimados e dissolvidos, transformados, integrados no Significado Uno.

Este Significado Uno, resolvendo todos os conflitos pelo equilíbrio e transcendência, é incorporado pelo imperador chinês. Ele é o ponto neutro em que todas as energias cósmicas estão equilibradas, o Grande Vazio, o eixo da roda. Isto, no âmbito do Estado. Mas para o místico existia potencialmente um "palácio imperial" em cada pessoa. Lá, dentro da cabeça, Tao atingia completação como processo, o processo de "circulação da Luz", e o "Corpo Diamantino" nascia — o Imperador: o Deus-do-fun, a Semente-de-Luz.

A palavra Tao pode ser analisada simbolicamente de modo que cada uma das três letras corresponda a uma das partes do ciclo. A refere-se a Um-que-é-no-começo, a mônada; O implica a consumação final, que no homem significa a Personalidade integrada centrada ao redor do self (e não apenas o ego meramente consciente) e, num estágio mais avançado de abstração, a quintessência do Ser self; e o T representa o processo mundano de mutação — no homem, aquele estado de ser que é um fluxo contínuo de pensamentos, sentimentos, intuições e sensações, o estado da personalidade em evolução e permanente mutação. A letra T veio primeiro, nesta palavra sagrada da China, porque a civilização chinesa enfatizou o elemento do "processo", e a letra T, na simbologia universal, significa o poder vital que flui através do processo do vir-a-ser, o poder nascido da "crucificação" do Um no domínio da dualidade. No entanto esse poder vital, quando controlado pelo ser humano em equilíbrio de ação, transforma-se na energia que leva para o interior ao longo do "Caminho Consciente", que é Tao.

Assim, a meta do Sábio era harmonizar em si mesmo as polaridades opostas para alcançar um ponto de equilíbrio a partir do qual todos os conflitos poderiam ser resolvidos, simbolicamente, sendo então objetivados e transcendidos. Era, também, encontrar no centro criativo de sua identidade última, a quintessência de todo o processo de mutação, e com ela construir o veículo espiritual para um tipo correspondente de imortalidade individual como um dos verdadeiros "celestiais" — isto é, com a manifestação espiritual de um dos Princípios arquetípicos no domínio dos Universais.


_______________________________________________________________
Extraído do livro Astrologia da Personalidade, de Dane Rudhyar.