Páginas Especiais do Blog

domingo, 19 de junho de 2016

Sistemas de Domificação, por Catherine Aubier

Existem vários sistemas de domificação. Certos astrólogos adotaram um método simples, que consiste em dividir o horóscopo em doze casas iguais (de 30° cada uma) estabelecidas a partir do Meio do Céu (sistema de Kock, em particular). Mas o sistema mais difundido implica casas com dimensões muito desiguais. Foi popularizado por um célebre astrólogo do século XVII: Placidus. O sucesso desse método deve-se sobretudo ao fato de que foi adotado pelo maior editor inglês de livros e tábuas astrológicas. Essa divisão das casas era a única que se podia obter facilmente em livrarias. Apresenta, entretanto, um grave defeito: não pode ser utilizada além do círculo polar. (Notemos, a esse respeito, que os futuros viajantes do espaço deverão repensar completamente a astrologia.)

Um outro sistema de domificação, muito conhecido na Europa do século XVI, é o de Regiomontanus, cuja prática cessou pouco a pouco.

Desde o fim do século XIII, o astrólogo e astrônomo Campanus (Giovanni Campanella) havia elaborado um sistema teoricamente perfeito; ele dividiu cientificamente a esfera celeste a partir dos três grandes círculos que se cortam em ângulo reto no horizonte, no meridiano e no primeiro vertical. As casas resultantes desse procedimento continham, entretanto, tantas variações e a divisão dos setores era tão desigual que a maioria dos astrólogos preferiu ater-se aos outros sistemas.

Numerosos indícios levam a pensar que a astrologia anterior à era cristã levava em conta somente as quatro casas angulares do Tema. Houve, em seguida, um período intermediário em que os astrólogos passaram de quatro a oito casas: como a oitava delas era a última, foi associada à morte.

Atualmente, os astrólogos utilizam um círculo zodiacal facilmente manipulável quanto à colocação das casas, dos planetas e dos aspectos. Durante séculos (até o século XVIII) desenhava-se um quadrado dividido em doze partes de forma triangular. Foi assim, entre outros, que chegaram até nós os horóscopos de Wallenstein e de Luís XIV.

Nenhum comentário:

Postar um comentário