A primeira casa de Água é a 4ª, que também é angular. Ela descreve sentimentos ativos muito arraigados dentro de nós bem como o ambiente e as influências familiares em nosso primeiro lar, que modelam a identidade. Na segunda casa de Água, a sucedente 8ª Casa, nossos sentimentos são fortificados, aprofundados e agitados por relacionamentos íntimos com outra pessoa. Duas pessoas, cada uma com seu ambiente familiar e sua máscara emocional, tentam ser uma só. Maior segurança (uma qualidade sucedente) é buscada na ligação dos sentimentos de duas pessoas. Na 8ª Casa, nossos próprios sentimentos (diferenciados e reconhecidos na 4ª Casa angular) fluem para dentro dos sentimentos de outra pessoa. Na terceira casa de Água, a cadente 12ª, progredimos da união com alguns poucos selecionados (8ª) para um sentido de unidade com toda a vida. Tomamos conhecimento do inconsciente coletivo - o oceano coletivo do qual todos nós emergimos e o ambiente que compartilhamos com todos e com tudo.
Na 4ª Casa, sentimos nossa própria alegria e dor. Na 8ª, sentimos a alegria e a dor de um sócio próximo, e na 12ª sentimos a alegria e a dor do mundo. O desenvolvimento seqüencial das casas de Água, assim como com as casas dos outros elementos, é um movimento do pessoal para o interpessoal para o universal.
As três casas de Água estão simbolicamente em trígono umas com as outras e os planetas nessas casas podem literalmente estar em trígono uns com os outros.
O trígono 4°-8°
Este aspecto ajuda a pessoa a compartilhar seus sentimentos mais profundos com outra pessoa. Vai haver muita sensibilidade a influências latentes na atmosfera do lar. Quem tem esses posicionamentos tem um jeito todo especial para sentir as emoções ocultas e os motivos de outra pessoa. Com aspectos harmoniosos entre planetas da 4ª e da 8ª, existe a possibilidade de as experiências da primeira infância aumentarem a capacidade de satisfazer relações interpessoais mais tarde na vida. Às vezes o trígono 4ª-8ª indica heranças (8ª) de terras ou propriedades (4ª).
O trígono 8°-12°
Aspectos entre essas casas aumentam as descobertas de uma pessoa sobre tudo o que é sutil ou misterioso na vida. Eles vêem ou sentem coisas que os outros não têm sensibilidade para perceber, e tornam possível encontrar recursos capazes de transformar uma crise numa grande oportunidade de crescimento. Muitas vezes a ajuda aparece quando é mais necessária. Pessoas com tais aspectos são capazes de guiar outras quando estas estão melhorando na vida (8ª) e podem trabalhar com muito sucesso em instituições (12ª). Conheço uma senhora com Sol na 8ª em trígono com Netuno na 12ª que escapou da morte três vezes. Ela também trabalhava como advogada (8ª) para jovens prisioneiros (12ª) e levantava fundos (8ª) para fins caritativos (12ª). Recentemente uma herança de família (8ª) deixou-a livre para prosseguir mais profundamente com seus anseios humanitários (12ª).
O trígono 4°-12°
Os que têm trígonos entre a 4ª e a 12ª Casas são tão sensíveis que podem detectar emoções ocultas no ar e muitas vezes sentem a variação de humor e os sentimentos dos outros como se fossem seus. Verifica-se neles uma receptividade natural para as tendências e a moda coletivas, e às vezes são capazes de influenciar grupos de pessoas através do poder de suas emoções e sentimentos. Pode haver uma ligação psíquica com o pai (4ª), esteja ele vivo ou não. As possibilidades de experiências positivas através das instituições da 12ª Casa são aumentadas. Períodos de descanso e retiros da vida exterior são necessários a intervalos regulares e normalmente resultam muito benéficos. Paramhansa Yogananda, um místico oriental que fundou o Instituto de Auto-Realização, nasceu com Vênus e Mercúrio na 4ª Casa em trígono com a Lua na 12ª Casa.
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Extraído do livro As Doze Casas, de Howard Sasportas.
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