O esforço para definir o self bate na frente da casa. Eles têm que distinguir sua própria identidade individual como separada do ambiente familiar sem negar que fazem parte da família. De um lado, corre-se o perigo de derivar a identidade até demais dos ancestrais e se tornar somente uma réplica daquilo que isso representa ou de como isso os atingiu. Por outro lado, no entanto, há o perigo de rejeitar totalmente o passado familiar como forma de se libertar de suas imposições. A primeira instância nega sua própria unidade e originalidade; a segunda nega seus destinos, suas raízes biológicas e psicológicas. A tarefa que se apresenta é tentar de alguma forma combinar as duas, tomando conhecimento de sua hereditariedade e de seu laço com a família de origem e, também, ao mesmo tempo, desenvolvendo uma identidade no seu próprio direito. Eles podem trazer consigo algo da tradição da família, mas também podem fazê-lo como lhes aprouver.
Se a 4ª Casa é tomada pelo pai, as energias ali podem ser vivenciadas através do pai ou nele projetadas. Quem tem o Sol na 4ª Casa pode ter sentido o pai como poderoso e autoritário; assim, não consegue superar um desagradável sentimento de sua própria mesquinhez ou inferioridade.
Essas pessoas provavelmente terão de enfrentar uma dura batalha para se livrar do domínio que ele tem sobre elas. Em outros casos, o pai pode ter estado física ou psicologicamente ausente. Para o menino, isso poderia significar a ausência do sentido de um pai sobre o qual moldar suas próprias qualidades masculinas. Isso teria de ser encontrado dentro de si próprio. Para a menina, a experiência de um pai ausente poderia derivar numa procura que se estenderia por toda a vida, de seu pai perdido. Ela também teria a mesma necessidade de encontrar qualidades de pai dentro de si própria.
Existe uma grande necessidade de tais pessoas terem seus próprios lares onde possam exercitar a autoridade e a influência. Às vezes trata-se de um prolongamento da busca por um lugar certo onde lançar raízes.
O Sol na 4ª Casa sugere que elas vão se tornar mais elas mesmas na segunda metade de suas vidas. Um renovado sentimento de potência criadora, vitalidade e as alegrias de auto-expressão são potencialmente mais eficazes na idade madura.
A natureza do Sol na 4ª Casa é semelhante a Leão no Fundo-do-Céu. Uma profunda necessidade de exprimir sua própria e única identidade é o fundamento sobre o qual se baseia grande parte da vida.
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Extraído do livro As Doze Casas, de Howard Sasportas.
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