segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
do amor e dos quatro elementos, por Claudio Fagundes
No meu último artigo, escrevi sobre os relacionamentos e relacionei a Casa 5 com as práticas sexuais simplesmente sexuais: o sexo pelo sexo, sem ligações afetivas de qualquer natureza. Apenas pelo prazer do jogo e do contato sexual. Eu chamaria de práticas sexuais pueris. No meu entender, obviamente, quando se fala em sexo, não se fala em amor, embora o sexo possa ser um componente do amor. Mas, quando se fala em amor, haveremos de pensar também de ligações não obrigatoriamente com sexo envolvido. Há relações que não se cogita o sexo. Aqui, quando falar de amor, estarei falando de amor com sexo envolvido, ou a sua negação veemente, porque a negação sexual geralmente é resultado de um entrave de natureza psíquica. Mas não quero me adentrar no campo das patologias psíquicas.
O amor é um sentimento que transcende o próprio sentimento. Dependendo de sua intensidade e abrangência poderá sintonizar toda a realidade do sujeito. Mas o amor é essencialmente uma emoção e uma emoção que envolve um encontro. Esse encontro pode ser de fogo, quando há uma ligação de natureza espiritual; de água quando trata-se de uma ligação baseada em sentimentos, carinho, ternura, compreensão; pode ser de ar, quando acontece na esfera da afinidade intelectual, do pensamento, das convicções, da comunicação; pode ser de terra, quando enfatiza o prazer sexual e o interesse material, as riquezas.
Desde já quero afirmar que quando eu falo em amor: um amor real, pleno; estou me referindo a um encontro nos quatro elementos. Sim, porque se um dos elementos estiver fraco, ele estrangulará o relacionamento, desequilibrando-o e tornando obsessiva justamente o que é o ponto fraco. Se faltar o fogo do espírito, que é o que leva à evolução permanente, o amor tenderá a morrer pela monotonia, pela falta de horizontes. Se faltar a água das emoções, o amor será frio, maquinal, e tenderá a morrer pela secura e falta de compreensão. Se faltar ar, será um relacionamento isolado, sem interação e sem compartilhamento de ideias. Se faltar terra, o relacionamento tenderá a ser impossível porque não poderão sobreviver, porque faltará bens materiais de subsistência e vontade para o sexo.
Assim, quando falo em amor, estou falando na presença desses quatro elementos. Com a presença dos quatro elementos o amor prospera e leva a felicidade e a satisfação mútua.
Essas combinações de elementos não estão nos dois amantes, obrigatoriamente. Pode ser que um ou outro sejam mais desenvolvidos em um elemento do que em outro. Desta forma o outro parceiro deverá contrabalançar o primeiro. Um relacionamento equilibrado é um equilíbrio elemental. Por essa razão a gente vê tantas pessoas que são mesmo muito diferentes, mas que se relacionam bem e vivem uma vida inteira juntas: um complementa o outro. Esse complementar não é no sentido barato dos afazeres cotidianos: o amor não é só cotidiano. É também sonhos, planos e porvir. É também o passado que consolida a história.
O estudo dos elementos dos mapas natais dos amantes pode ajudar ao crescimento da relação. Mas será uma luta hercúlea se o quadro de elementos estiver pendente apenas para um lado. Nem sempre vale a pena lutar para ir adiante em um relacionamento. Se isso acontecer a tendência será um comportamento obsessivo que será uma rota de colisão que pode ter resultados trágicos.
Concluindo, por hora, a Astrologia não determina relacionamento. O querer, livre-arbítrio, é que determina. Mas o querer envolve muitas nuances e dependendo do poder que um exerce sobre o outro pode se tornar uma verdadeira ditadura de caráter, com a anulação do querer do Outro.
Ninguém precisa da Astrologia para amar. Também não é um bom caminho para procurar amantes que obedeçam a padrões astrológicos, parece-me isso também uma coisa muito doida. Pensemos assim: dado um relacionamento, quais seriam os seus pontos fortes que poderiam ajudar no desenvolvimento dos pontos fracos. É apenas um exemplo de utilidade.
A Astrologia Transpessoal poderá ajudar, mas não será determinante absolutamente de nada. Pelo menos é assim que eu quero pensar que seja.
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