sexta-feira, 26 de maio de 2017

Luminares e Planetas, por Helena Avelar e Luis Ribeiro

Antes de mais, há que fazer a distinção entre luminares e planetas propriamente ditos. Os luminares ou luzes são, evidentemente, o Sol e a Lua. Devido à sua grande luminosidade, são considerados o rei e a rainha dos céus. O par Sol/Lua é o modelo básico para a classificação dos planetas, que apresenta uma estrutura de polaridades: masculino/ feminino, diurno/nocturno, etc.

O Sol é o astro mais importante. Segundo a ordem caldaica, está colocado no centro da sequência de esferas planetárias e é considerado o centro simbólico dos céus. Α Lua é a sua consorte, a rainha dos céus.

Os restantes planetas constituem o séquito real, a corte dos luminares. Esta separação entre os dois luminares e os cinco planetas é fundamental no sistema astrológico.

Planetas superiores e inferiores

O Sol como centro da sequência planetária tem também implicações na forma de agrupar os planetas. Marte, Júpiter e Saturno, que estão acima da esfera do Sol, e têm portanto um movimento são planetas lentos e "pesados", os seus efeitos são considerados mais duradouros e prolongados (em especial os de Júpiter e Saturno). Os que se situam nas esferas abaixo da do Sol — Vénus, Mercúrio e Lua — denominam-se planetas inferiores. Como estes planetas são mais "leves" e rápidos, os seus efeitos são mais passageiros, mas a sua acção é mais dinâmica.



Refira-se que a classificação de inferior e superior nada tem a ver com qualidades boas ou más, mas com a posição abaixo (inferior) ou acima (superior) da esfera do Sol.


Helena Avelar e Luis Ribeiro, in Tratado das Esferas - um guia prático da tradição astrológica. Editora Pergaminho. Cascais, Portugal, 2007.

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