A astrologia aplicada à criança pode ser de grande utilidade, pois permite não só melhor compreendê-la, descobrir pontos fortes e pontos fracos, mas também orientar sua educação em função de sua personalidade.
É surpreendente notar a que ponto, às vezes, os pais mais bem-intencionados se enganam sobre seu filho e o julgam conforme as aparências, queixando-se por exemplo de que é "levado", enquanto na verdade só é espontâneo e cheio de vivacidade, ou louvando seu bom comportamento e sua calma quando na verdade é introvertido e bloqueado.
O Tema de uma criança não é interpretado exatamente como o de um adulto, por uma razão muito simples: a maioria das tendências estão ainda "latentes" e certos traços de caráter só aparecerão ao final de vários anos, até mesmo na idade adulta.
Antes de tudo, as características ligadas à posição do Sol são frequentemente obstruídas pelas da Lua, planeta da infância; certos aspectos não se manifestam ainda.
Em seguida, as tendências conflitantes, as dificuldades psicológicas ligadas ao ambiente, em particular aos pais, ou ainda não tiveram oportunidade de surgir ou, ao contrário, estão em uma fase preponderante e "afogam" um pouco o resto do Tema.
A esse respeito, citamos uma regra que se mostra com freqüência muito certa, e que pertence ao astrólogo André Barbault: a orbe de um aspecto conflitante, tomada no sentido de uma direção simbólica, indica a idade em que ela marca o indivíduo.
Exemplo: se tomarmos o caso clássico de uma oposição Lua-Saturno (sensação de abandono, de separação da imagem materna) de 186°, apresentando uma orbe de 6° em relação ao aspecto preciso de oposição, o acontecimento na origem dessa sensação ocorrerá em torno de seis anos de idade.
O Tema de filhos apresenta em geral similitudes flagrantes com o de seus pais: o mesmo signo encontrado de geração em geração, os mesmos planetas dominantes, etc...
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