Existem vários sistemas de domificação. Certos astrólogos adotaram um método simples, que consiste em dividir o horóscopo em doze casas iguais (de 30° cada uma) estabelecidas a partir do Meio do Céu (sistema de Kock, em particular). Mas o sistema mais difundido implica casas com dimensões muito desiguais. Foi popularizado por um célebre astrólogo do século XVII: Placidus. O sucesso desse método deve-se sobretudo ao fato de que foi adotado pelo maior editor inglês de livros e tábuas astrológicas. Essa divisão das casas era a única que se podia obter facilmente em livrarias. Apresenta, entretanto, um grave defeito: não pode ser utilizada além do círculo polar. (Notemos, a esse respeito, que os futuros viajantes do espaço deverão repensar completamente a astrologia.)
Um outro sistema de domificação, muito conhecido na Europa do século XVI, é o de Regiomontanus, cuja prática cessou pouco a pouco.
Desde o fim do século XIII, o astrólogo e astrônomo Campanus (Giovanni Campanella) havia elaborado um sistema teoricamente perfeito; ele dividiu cientificamente a esfera celeste a partir dos três grandes círculos que se cortam em ângulo reto no horizonte, no meridiano e no primeiro vertical. As casas resultantes desse procedimento continham, entretanto, tantas variações e a divisão dos setores era tão desigual que a maioria dos astrólogos preferiu ater-se aos outros sistemas.
Numerosos indícios levam a pensar que a astrologia anterior à era cristã levava em conta somente as quatro casas angulares do Tema. Houve, em seguida, um período intermediário em que os astrólogos passaram de quatro a oito casas: como a oitava delas era a última, foi associada à morte.
Atualmente, os astrólogos utilizam um círculo zodiacal facilmente manipulável quanto à colocação das casas, dos planetas e dos aspectos. Durante séculos (até o século XVIII) desenhava-se um quadrado dividido em doze partes de forma triangular. Foi assim, entre outros, que chegaram até nós os horóscopos de Wallenstein e de Luís XIV.
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