A VIII Casa anual na I Casa natal pressagia geralmente lutas, preocupações relativas a obrigações ou finanças, o enfraquecimento da saúde ou o luto. Essa sobreposição marca também, com frequência, o ano da morte.
A VIII na II, com os maléficos, leva a temer a perda dos ganhos ou, mais exatamente, o desaparecimento de uma das fontes de renda (perda do emprego, encerramento de uma empresa etc). Com os benéficos, a sobreposição prenuncia, pelo contrário, o aumento dos ganhos através de eventos provenientes da VIII Casa, tais como doações, presentes, heranças, ganhos de processos etc.
A VIII na III corresponde tanto a uma mudança nas aplicações como à morte de irmãos, primos ou colegas. Com Mercúrio ou o regente da III Casa afligido, essa sobreposição provoca, no decorrer do ano, a perda de cartas, manuscritos ou outros papéis.
A VIII na IV é encontrada frequentemente nos anos em que se verifica uma morte na família e venda ou perda de imóveis. A presente sobreposição parece ser particularmente perigosa nos temas de agricultores, já que, com os maléficos ou com configurações desfavoráveis, provoca a destruição das colheitas.
A VIII na V marca geralmente o fim de uma afeição ou a morte de um filho (algumas vezes, essa sobreposição não leva à morte física, mas à separação entre o nativo e seu filho, já que este último deixa de existir fisicamente junto ao sujeito). Nos temas de velhos atores, essa configuração corresponde ao fim de sua carreira artística. Com os planetas benéficos, ela marca a sorte no jogo, em loterias, especulações etc. ...e deveria ser traduzida como signo de capitais (VIII) em expansão (V).
A VIII na VI aumenta as despesas domésticas, sobretudo referentes à saúde, ou pressagia o falecimento de tios e tias ou ainda de empregados ou servidores. Com os benéficos, essa sobreposição favorece a saúde, pois significa literalmente a morte (VIII) das doenças (VI). É necessário ser bastante prudente caso se redija um testamento ou um ato de doação durante o ano marcado por esta sobreposição, já que esses documentos causarão arrependimentos ou tenderão a ser mal redigidos.
A VIII na VII, com os maléficos, pressagia uma ruptura de relações com uma pessoa próxima e, algumas vezes, o falecimento desta pessoa. Frequentemente, essa configuração age da mesma maneira que a sobreposição inversa (isto é. aquela da VII Casa anual na VIII natal).
A VIII na VIII acentua as indicações natais.
A VIII na IX deveria ser considerada como indício do apelo à competência de um tribunal superior nos temas das pessoas que sofrem um litígio, e como signo das aplicações no estrangeiro ou em títulos e empréstimos estrangeiros. Se consideramos a IX Casa no sentido da religião ou das concepções filosóficas, essa sobreposição deveria ser interpretada como uma grande evolução das concepções que compreendem a rejeição (morte) de certas crenças ou conceitos.
A VIII na X indica as obrigações materiais ou morais que oneram e podem tomar a situação difícil. Se o conjunto da Revolução Solar for verdadeiramente ruim, essa sobreposição poderá marcar o aniquilamento de uma situação ou a perda de um emprego. Com o apoio dos planetas e das configurações favoráveis, pode anunciar a melhora da situação em função de auxílio advindo do cônjuge ou de um empréstimo.
A VIII na XI anuncia o perigo de morte entre os amigos. Com os maléficos, essa sobreposição deveria ser interpretada como signo da "morte dos projetos"; com Plutão, parece indicar a transformação profunda dos projetos e das aspirações do sujeito sob a influência dos acontecimentos e das circunstâncias que terão lugar no decorrer do ano; com os benéficos, ela pode trazer vantagens perceptíveis da parte dos amigos.
A VIII na XII significa tanto a necessidade de organizar certas dívidas ou obrigações como a diminuição das preocupações. Se a Revolução Solar é ruim para a saúde, essa configuração parece predispor às quedas, às síncopes ou ao agravamento do estado crônico. Com os benéficos ou boas configurações, essa sobreposição pode indicar um ano durante o qual chega ao fim um longo período desfavorável da existência do sujeito e durante o qual este último entra numa época melhor (é fácil observar-se tal coisa quando se comparam as Revoluções Solares de vários anos sucessivos). Neste último caso, essa configuração anuncia literalmente a morte dos aborrecimentos.
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