Tal como no tema natal, os planetas nas Revoluções Solares devem ser julgados:
1) de acordo com seu valor no signo zodiacal;
2) de acordo com a Casa anual que ocupam;
3) de acordo com suas relações mútuas; e
4) de acordo com as Casas que governam.
Para o Sol, que não pode mudar de lugar, a fraqueza ou a força, segundo sua posição zodiacal, não desempenham nenhum papel e não deveriam ser levadas em consideração. Por outro lado, é possível aconselhar, no âmbito das Revoluções Solares, que se atente mais para a regência sobre esta ou aquela Casa do que ao signo ocupado pelo planeta. Isso é facilmente compreendido por razões puramente astronômicas: se o Sol se encontra, por exemplo, no signo de Leão, Mercúrio e Vênus, que não se afastam do astro do dia, não poderão se encontrar em outros signos que não o de Câncer, Leão e Virgem, ao passo que, nas 7 Revoluções sucessivas, Urano ocupará o mesmo signo em virtude de sua lentidão. Por conseguinte, as indicações fornecidas pela regência do planeta sobre esta ou aquela Casa - bem como por sua presença nesta ou naquela Casa - devem ser frequentemente consideradas como principais, a menos que se trate de uma forte concentração de planetas num signo zodiacal, coisa que automaticamente ressalta, de maneira intensa, a natureza desse signo (como exemplo, citamos a Revolução Solar de H. P. Blavatsky do dia 11 de agosto de 1874, na Filadélfia, que continha cinco planetas em Leão - signo do coração e dos poderes de atração -, o que a conduziu, no dia 3 de abril de 1875, a seu segundo casamento, com M. Bettalay (casamento que, de resto, foi tão infeliz e decepcionante quanto o primeiro).
Como no tema natal, os planetas angulares têm, num tema anual, uma importância muito particular. Com frequência, parece mesmo que o planeta que atravessa primeiro um ângulo da Revolução Solar confere sua natureza específica ao principal acontecimento do ano. Por essa razão, a presença dos maléficos nos ângulos é essencialmente perigosa num tema anual.
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