O método caldeu envolve uma sequência, simples, com certeza, e mais plausível, embora não tão auto-suficiente em relação ao governo das triplicidades e à disposição da quantidade, de forma que, ao contrário, ela fosse facilmente inteligível mesmo sem um diagrama. Pois na primeira triplicidade, Áries, Leão e Sagitário, que tem neste caso as mesmas divisões por signos que no sistema dos egípcios, o senhor da triplicidade, Júpiter, é o primeiro a receber termos, e então o senhor do próximo triângulo, Vênus, e então o senhor do triângulo de Gêmeos, Saturno, e Mercúrio, e finalmente o senhor da triplicidade restante, Marte. Na segunda triplicidade, Touro, Virgem e Capricórnio, que novamente tem a mesma divisão por signos, Vênus vem primeiro, então Saturno, e então Mercúrio, após esses, Marte, e finalmente, Júpiter. Esse arranjo de uma forma geral é observado também nas duas triplicidades restantes. Sobre os dois senhores da mesma triplicidade, no entanto, Saturno e Mercúrio, de dia é Saturno que toma o primeiro lugar na ordem de posse, e à noite, Mercúrio. O número designado a cada um também é uma questão simples, pois para que o número de termos de cada planeta seja sempre menor em um grau do que o precedente, para corresponder com a ordem descendente no qual o primeiro lugar é decidido, eles sempre dão 8° ao primeiro, 7° ao segundo, 6° ao terceiro, 5° ao quarto e 4° ao último; assim se completam os 30° de um signo. A soma do número de graus assim dados a Saturno é de 78 durante o dia e 66 à noite, a Júpiter 72, a Marte 69, a Vênus 75, a Mercúrio 66 durante o dia e 78 à noite; o total é de 360 graus.
Pois bem, desses termos aqueles que são constituídos pelo método egípcio são, como dissemos, mais dignos de crédito, tanto devido à forma na qual eles foram coletados pelos escritores egípcios que os julgaram dignos de registro devido à sua utilidade, quanto por causa de na maior parte do tempo os graus desses termos terem sido consistentes com as natividades que foram registradas por eles como exemplos. Como estes mesmos escritores, no entanto, não explicam em nenhum lugar a disposição de seus números, sua incapacidade de concordar em uma explicação do sistema pode bem se tornar objeto de suspeita e alvo de críticas. Recentemente, no entanto, chegou até nós um manuscrito antigo, muito danificado, que contém uma explicação natural e consistente de sua ordem e número, e ao mesmo tempo percebemos que os graus relatados nas natividades acima mencionadas e os números dados nas somas concordaram com a tabulação dos antigos. O livro era muito alongado em suas expressões, muito excessivo em suas demonstrações, e seu estado danificado o tornou difícil de ler, de modo que eu mal pude fazer uma ideia de seu propósito geral; e isso apesar da ajuda fornecida pelas tabulações dos termos, melhor preservadas porque estavam localizadas no fim do livro. Com relação ao seu arranjo dentro de cada signo, as exaltações, as triplicidades e os domicílios foram levados em consideração. Pois, de maneira geral, a estrela que tiver duas regências deste tipo no mesmo signo é posta em primeiro lugar, mesmo que ela seja maléfica. Entretanto, onde quer que esta condição não exista, os planetas maléficos são sempre postos por último, e os senhores da exaltação em primeiro, os senhores da triplicidade em seguida, e então os do domicílio, seguindo a ordem dos signos. E, novamente, em ordem, aqueles que têm duas senhorias têm preferência sobre os que têm apenas uma no mesmo signo. Uma vez que não se dá termos para os luminares, no entanto, Câncer e Leão, os domicílios do Sol e da Lua, são dados aos planetas maléficos porque eles foram privados de sua parte na ordem, Câncer a Marte e Leão a Saturno; nestes a ordem apropriada a eles é preservada. Com relação ao número dos termos, quando não há nenhuma estrela com duas prerrogativas, nem no signo mesmo nem nos que o seguem dentro do quadrante, são concedidos a cada um dos benéficos, ou seja, Júpiter e Vênus, 7º, aos maléficos, Saturno e Marte, 5º cada e a Mercúrio, que é comum 6º, de forma que o total perfaz 30º. Entretanto, uma vez que alguns sempre têm duas prerrogativas, pois Vênus sozinha se torna a regente da triplicidade de Touro, já que a Lua não participa nos termos, é dado a cada um dos planetas nesta condição, seja no mesmo signo ou nos signos seguintes no mesmo quadrante, um grau extra; esses foram marcados com pontos; os graus, no entanto, adicionados por causa da prerrogativa dupla são retirados dos outros, que têm somente uma, e de forma geral, de Saturno e de Júpiter porque eles têm o movimento mais lento.
Esses termos estão da seguinte forma:
Termos de acordo com Ptolomeu:
Áries : Júpiter = 6; Vênus = 8; Mercúrio = 7; Marte = 5; Saturno = 4;
Touro : Vênus = 8; Mercúrio = 7; Júpiter = 7; Saturno = 2; Marte = 6;
Gêmeos : Mercúrio = 7; Júpiter = 6; Vênus = 7; Marte = 6; Saturno = 4;
Câncer : Marte = 6; Júpiter = 7; Mercúrio = 7; Vênus = 7; Saturno = 3;
Leão : Júpiter = 6; Mercúrio = 7; Saturno = 6; Vênus = 6; Marte = 5;
Virgem : Mercúrio = 7; Vênus = 6; Júpiter = ; Saturno = 6; Marte = 6;
Libra : Saturno = 6; Vênus = 5; Mercúrio = 5; Júpiter = 8; Marte = 6;
Escorpião : Marte = 6; Vênus = 7 ; Júpiter = 8; Mercúrio = 6; Saturno = 3;
Sagitário : Júpiter = 8; Vênus = 6; Mercúrio = 5; Saturno = 6; Marte= 5;
Capricórnio : Vênus = 6; Mercúrio = 6; Júpiter = 7; Saturno = 6; Marte = 5;
Aquário : Saturno = 6; Mercúrio = 6; Vênus = 8; Júpiter = 5; Marte = 5;
Peixes : Vênus = 8; Júpiter = 6; Mercúrio = 6; Marte = 5; Saturno = 5.
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