domingo, 12 de junho de 2016

Ciclos Planetários, por Catherine Aubier

Para determinar os períodos positivos ou negativos da existência, os astrólogos utilizam-se das direções, dos trânsitos e do Tema anual de Revolução solar.

Certos destinos parecem submetidos a ciclos, implicando o retorno periódico deste ou daquele tipo de acontecimento — de ordem psicológica, sentimental, familiar, profissional, etc...

Pode-se, sem dúvida, detectar aí a ação dos ciclos planetários, notadamente a influência de Júpiter, que torna a passar pelos mesmos pontos aproximadamente a cada doze anos, e de Saturno, que efetua a volta completa do zodíaco em 29 anos e meio. Em um Tema poderosamente marcado por Júpiter, o ciclo deste planeta será particularmente sensível.

A mesma consideração aplica-se ao saturnino. Diz-se com freqüência que a volta de Saturno ao ponto em que ele ocupava no nascimento (ou seja, por volta de 29 anos e meio e de 59 anos, posteriormente) ocasiona uma crise que permite resolver certos problemas maiores inscritos no Tema de nascimento.

As situações ligadas aos três planetas pesados (Urano, Netuno, Plutão) só podem se produzir uma vez no curso de uma vida, em razão da extrema lentidão dos planetas em questão. Assim, Urano só passará uma vez sobre o Sol e sobre o Ascendente: nessa ocasião, sua intervenção será mais determinante. Observemos que o ciclo saturnino é de cerca de duas vezes catorze anos, ou quatro vezes sete anos.

Trata-se de etapas capitais: sete anos corresponde à "idade da razão"; catorze anos é uma idade de transição entre a infância e a adolescência, é o momento decisivo da puberdade; 21 anos (que foi durante muito tempo a idade da maioridade) coincide com a passagem ao estágio adulto; 28-29 anos corresponde frequentemente à criação de um lar, de uma célula familiar. O ciclo de Urano ao redor do Sol é de 84 anos — quer dizer, duas vezes 42 ou quatro vezes 21.

Recai em um ritmo de sete anos — o tempo que Urano leva para atravessar um signo. Netuno gira ao redor do Sol em 164 anos — duas vezes 82, quatro vezes 41. Não estamos longe de 21 anos do ciclo uraniano. Mesmo se são por vezes aproximativos, esses pontos de referência põem largamente em evidência períodos rítmicos que ninguém imaginaria contestar.

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