Quanto a sua posição relativa ao Sol, o planeta fica invisível quando demasiado perto do Sol, visto que este o ofusca: neste caso é dito que ele está combusto antes e depois de 8° do Sol. De 8° graus até 17° (antes ou depois do Sol) ele é considerado sob os raios do sol: sua força é menor, mas maior do que quando combusto. Se um planeta está entrando em combustão ele está em pior situação do que se ele estiver saindo dela.
Os autores tradicionais afirmam que se um planeta está a 17' (dezessete minutos) do Sol ele está no coração do Sol e o Sol lhe transmite sua virtude. Guido Bonatti, autor do século XIII diz que para ser considerado no coração do Sol (cazimi) o planeta tem que possuir não apenas a mesma longitude, mas também a mesma latitude que o Sol. Mas Bonatti é voz única, A maioria aceita um planeta "cazimi" quando sua longitude é igual à do Sol.
Em todo caso parece que Bonatti não acreditava muito nos beneficios do cazimi: ele exigia mais condições para verificar o benefício.
O que é claro é que o planeta em combustão fica muito enfraquecido, seja ele benéfico ou maléfico em bom ou mau estado essencial.
Os autores Helenísticos deram enorme importância a um planeta que estivesse saindo da combustão e se tornando visível: neste momento ele realizaria todo o prometido.
Além disso, os Helenísticos não consideravam um planeta como estando combusto se após sete dias do nascimento ele estivesse livre da combustão.
Tais conceitos Helenísticos devem ser levados em conta, pois Mercúrio e Vênus que andam frequentemente perto do Sol têm enorme chance estatística de estarem combustos ou sob os raios.
Clélia Romano, in Fundamentos da Astrologia Tradicional, Edição do Autor, 2011, p. 59-60. http://www.astrologiahumana.com/
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