O que é preciso ter em mente é que qualquer planeta na carta se relaciona com o signo que rege: esta é uma chave de extrema importância para obter informações práticas e fazer uma delineação.
Além disso, devemos saber que um planeta pode, dependendo de seu estado zodiacal ou essencial:
1. Realizar algo
2. Negar algo
3. Destruir algo nem bem é produzido
Algo a lembrar também é que um maléfico em bom estado zodiacal vai produzir bons efeitos para aquela casa, mas ele jamais será um benéfico. Por exemplo, Marte na sétima casa, mesmo em Escorpião, seu domicílio e onde regozija, vai produzir um casamento, mas será um tipo de casamento onde a dominação e a competitividade própria do planeta sempre existirão. Trata-se do aspecto qualitativo de cada planeta, seu "esse" próprio: Saturno representa obstáculos e restrições, Marte contendas, Vênus prazer, Mercúrio troca de idéias, etc.
Imaginemos agora Saturno em Capricórnio ou Aquário na Sétima Casa: tanto quanto Marte em Escorpião ele vai produzir um casamento ou parceria, mas a parceria terá limitações, deveres, restrições, podendo ocorrer com pessoa mais velha, etc
.
O interessante é que se Marte ou Saturno estivessem debilitados na Sétima Casa, eles ainda poderiam realizar um casamento ou parceria, pois estariam angulares'`, mas o destruiriam depois.
Recapitulando, faz parte da essência de cada planeta possuir características que, quando manifestas, constituem o aspecto formal do planeta. Tais características sofrem modificações conforme o planeta esteja num signo ou em outro.
Quando o planeta está em seu próprio signo de regência ele manifesta o melhor de si, sua natureza fortalece-se nos aspectos benéficos e atenua-se nos aspectos maléficos. Em seu próprio signo, como um homem em sua própria casa, o planeta sente-se bem.
Quando estudarmos as casas, a essa delineação da condição essencial somaremos as dignidades terrestres ou acidentais do planeta.
Clélia Romano, in Fundamentos da Astrologia Tradicional, Edição do Autor, 2011, p. 53. http://www.astrologiahumana.com/
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