A Lua é a mais rápida entre todos os planetas a por isso tem imensa capacidade de permitir ou impedir um acontecimento. Além disso, ela é um luminar, o que lhe confere uma importância grande. Por ser um caso à parte e responsável por filtrar os raios celestes até a esfera sublunar, deixei para falar de sua condição capitulo à parte.
Como se move muito, ela também fica receptiva a múltiplos aspectos, alguns com planetas maléficos.
Em primeiro lugar falarei das fases da Lua, iniciando pela Lua Nova ou syzygi.
Quando a Lua se aproxima do Sol e entre eles há 12° de diferença a Lua está combusta. Inicia um novo ciclo sinódico a partir do momento em que ultrapassa o Sol.
Após a combustão ela começa a crescer, quando é considerada benéfica e quente. Segundo Sahal, se ela receber um aspecto de Marte durante a fase crescente ela fica impedida de realizar qualquer bem, pois Marte também é quente.
Quando está em oposição ao Sol, especialmente antes de 12° da oposição, a Lua também sofre grande aflição e impedimento. Quando começa a decrescer em luz pode ficar impedida por aspectos com Saturno, pois nesta fase é considerada fria e Saturno é frio.
Já no crescente Saturno não a impede e no minguante, Marte não tem o poder de impedi-la pelo menos no modo de ver de Sahal.
A Lua crescente é considerada benéfica e a minguante, maléfica.
É atribuída a cada fase uma característica elemental: na primeira fase ela aumenta em luz e é quente e úmida, gerando urn temperamento sanguíneo. Do Crescente à Cheia ganha em secura, na Cheia é quente e seca, gerando o comportamento colérico. Da Cheia até a Minguante mantém a secura, mas esfria, o que é próprio do temperamento melancólico e a partir da Minguante até a nova conjunção ao Sol é úmida e fria, própria do temperamento fleumático. Escusado dizer que o signo em que se encontra a Lua deve ser interpretado conjuntamente para que se chegue a urna conclusão no que diz respeito ao temperamento.
Nos primeiros dois quartos ela está ocidental ao Sol, e como dissemos sobre os inferiores sua ocidentalidade é benéfica.
Clélia Romano, in Fundamentos da Astrologia Tradicional, Edição do Autor, 2011, p. 75-6. http://www.astrologiahumana.com/
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