Os signos são as possibilidades máximas de manifestação no mundo; são as direções do espaço, os esquemas de possibilidades.
Num sentido, são a parte mais real do céu, porque são a parte imutável, incorpórea, perfeita.
No entanto, vistos aqui de baixo, eles são o pano de fundo, o cenário, os lugares ou as qualidades do céu. São passivos, inativos, desde a nossa perspectiva.
Os agentes astrológicos, que se movem e se influenciam, são os planetas.
Eles são, por assim dizer, cristalizações, ou versões concretas, dos signos num outro plano, mais próximo de nós.
Isso vai ficar claro mais tarde, mas podemos dizer que os planetas são os signos realizados, ou corporificados.
É mais fácil de entender isso se recorrermos mais uma vez ao simbolismo numérico. O número doze está associado às tribos de Israel (as possibilidades de manifestação do homem, da vida humana), aos trabalhos de Hércules (o herói solar que atualiza todas as possibilidades do homem para ascender ao céu), os doze apóstolos (para anunciar a Boa-Nova a toda a terra, a todos os tipos de gente).
O número associado a coisas inteiras, a conjuntos reais completos, no entanto, é o sete. Ele está associado a divisões internas da mente ou da alma. As sete notas musicais, as sete artes liberais, os sete pecados capitais, as sete virtudes, etc.
Sete é a soma de três e quatro (enquanto doze é a sua multiplicação), porque não se trata de mostrar o panorama completo da criação, mas mostrar as coisas criadas, tais como existem. São os aglomerados de faculdades, ou de partes, que encontramos no mundo: as pessoas, os animais, as coisas, etc.
Eu dou uma lista abaixo com os sete, descrevendo suas qualidades mais evidentes, seus significados mais comuns e algumas associações mais óbvias.
Antes disso, vamos lembrar de algumas coisas.
Os planetas em astrologia são: Lua, Mercúrio, Vênus, Sol, Marte, Júpiter e Saturno.
Astronomicamente, a Lua é um satélite da Terra e o Sol é a estrela central do sistema solar. Isso não invalida o que eu disse acima. Os dois são em vários sentidos mais importantes que os outro cinco, mas, astrologicamente, também são planetas.
Eu menciono primeiro as qualidades visíveis, porque é a partir delas que as associações são feitas, como expliquei nos capítulos anteriores. Este é um dos problemas com corpos (como planetas astronômicos) que não sio visíveis a olho nu, asteroides e outros corpos reais e fictícios. Eu falo um pouco deles mais tarde, mas desde já fica claro: eles não precisam ser ignorados, seu uso não é impossível, mas astrologicamente não são planetas.
Marcos Monteiro, in Introdução à Astrologia Ocidental, Edição do Autor, 2013, p. 104-6.
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