O Sol, a Lua e os planetas são os únicos que vemos mover-se nos céus. O seu movimento modifica a aparência do céu a cada noite. Todos dias o Sol nasce e põe-se num ponto ligeiramente diferente do dia anterior; todas as noites a Lua cresce ou mingua e os planetas deslocam-se ligeiramente.
Devido à sua mobilidade, que contrasta com a aparente imobilidade das estrelas, estes astros são o grande referencial de mudança. São estas "peças móveis" que dinamizam o sistema astrológico. Este foi, aliás, concebido para prever e interpretar os seus movimentos.
Para além de se deslocarem em relação às estrelas, os planetas também participam na grande rotação diurna que "arrasta" o firmamento, com todos os seus astros, de nascente a poente, para voltar a erguer-se de novo a nascente, no espaço de um dia.
Para estudar o movimento em relação às estrelas, utiliza-se um sistema de coordenadas celestes: o Zodíaco, e as suas doze divisões, os signos. O movimento em relação ao horizonte é medido através de um sistema de coordenadas terrestres: as Casas astrológicas, que dividem o céu em segmentos a partir do horizonte.
Os movimentos dos astros são então medidos e qualificados de acordo com o seu posicionamento nestes sistemas de coordenadas. Por outras palavras: mede-se a posição dos astros nos signos e nas casas. Cada signo e cada casa têm o seu significado específico, que é combinado com o significado do astro, gerando a base da interpretação astrológica. Estes significados podem ser aplicados na descrição de todo o tipo de eventos — pessoais ou colectivos.
Desta forma, a Astrologia constitui-se como um sistema que descreve a realidade na Terra através dos movimentos celestes.
Helena Avelar e Luis Ribeiro, in Tratado das Esferas - um guia prático da tradição astrológica. Editora Pergaminho. Cascais, Portugal, 2007, pp. 18.
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