sexta-feira, 12 de maio de 2017

Os ramos da Astrologia, por Helena Avelar e Luis Ribeiro

O conhecimento Astrológico especializa-se em vários ramos, de acordo com o seu objeto de estudo. Existem quatro ramos principais: Astrologia Mundana, Astrologia Natal, Astrologia Horária e Eleições Astrológicas (por vezes designada Astrologia Eletiva).

A Astrologia Mundana estuda, como o nome indica, o mundo. Este ramo aborda temas como as civilizações, as movimentações humanas, a política, a economia, as guerras, as alterações sociais, etc., englobando assim todos os fenômenos do coletivo humano.

Por outro lado, estuda também todos os fenômenos naturais: terremotos, tempestades, secas, etc., sendo esta vertente conhecida como Astrologia Natural.

Este ramo da Astrologia interpreta os mapas dos ingressos anuais (o início das quatro estações do ano), dos eclipses e outros fenômenos celestes relevantes (por exemplo, os cometas), assim como os mapas de países e seus governantes.

A Astrologia Natal trata das natividades, ou seja, os nascimentos. O seu objeto de estudo é o ser humano, o seu comportamento, capacidades e dificuldades, os seus relacionamentos sociais e o seu destino.

A ferramenta principal da Astrologia Natal é a natividade, isto é, o mapa astrológico do nascimento do indivíduo em estudo.

A Astrologia Horária é o mais "divinatório" de todos os ramos, pois visa dar respostas a perguntas específicas, através da interpretação do mapa do momento exato em que a pergunta foi formulada. Por dar uma importância crucial ao momento, ou seja, à hora da pergunta, é denominada horária. Trata de questões de todo o tipo: obtenção de cargos e promoções, compra e venda de bens e propriedades, futuro de relações, questões legais, procura de objetos ou animais perdidos, etc. A sua ferramenta é o mapa do momento em que a questão foi colocada ao astrólogo, ao qual se aplica técnicas interpretativas específicas para cada questão.

As Eleições Astrológicas escolhem, ou elegem, o momento astrologicamente mais adequado para levar a cabo uma ação. Permitem escolher o momento certo para as mais variadas atividades, desde a fundação de um edifício à abertura de um negócio, passando pelo envio de uma mensagem, a marcação de um casamento, etc.

Enquanto nos outros ramos a figura mundana, natal ou horária é interpretada para se compreender a condição de uma nação, indivíduo ou questão, na eletiva procura-se "construir" a carta adequada para o resultado pretendido.


Existem ainda especializações da Astrologia que juntam instrumentos dos vários ramos.

Com o objetivo de compreender, diagnosticar e curar as doenças, a Astrologia Médica é a mais destacada destas especializações. Esta vertente da Astrologia utiliza a Horária e a Natal para diagnóstico do paciente, a Eletiva para determinar o melhor momento para um tratamento ou administração de remédios e, mais pontualmente, a Mundana para compreender a origem e o contexto geral do aparecimento da doença.

As regras astrológicas são comuns a todos os ramos. A diferença de interpretação advém do contexto a que as significações naturais dos planetas, signos e casas são aplicadas. Cada ramo comporta além disso um conjunto de técnicas adicionais que lhe são particulares.


Helena Avelar e Luis Ribeiro, in Tratado das Esferas - um guia prático da tradição astrológica. Editora Pergaminho. Cascais, Portugal, 2007, pp. 19-21.

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