segunda-feira, 15 de maio de 2017

Marte, por Marcos Monteiro

O primeiro dos planetas superiores é quase tão rápido quanto o Sol. Vermelho agressivo, da cor do sangue quando jorra, ou de carne vermelha fresca. Bem mais rápido que os outros dois planetas restantes (termina a volta no Zodíaco em pouco menos de dois anos), sua cor o destaca dos outros corpos. Ele sugere ação, agressividade, movimento.

Marte parece incapaz de ser associado a algo tranqüilo. Eu entendo muito pouco das outras astrologias, mas em todas as referências a ele que eu já tomei conhecimento, ele é o símbolo do deus da guerra da mitologia local, ou de algo equivalente.

Ele é um planeta masculino, quente e seco — mas noturno.

Ele está associado à energia (inclusive energia elétrica, o raio é marcial), à força, à violência, à guerra, à separação, à divisão, à discussão, à espada. Ele está também associado à valentia, à coragem, ao valor, à resistência. Marte é o saqueador (o ladrão que surrupia as coisas sem que o dono saiba é Mercúrio), mas também o soldado, o guerreiro, o militar, o policial, o marinheiro, o espadachim, o lutador.

Marte não significa sangue — só quando ele é derramado, ou seja, está fora do corpo. Mas a cor vermelha, a agressão e a rapidez são atributos deste planeta.

Os alimentos relacionados a Marte são os temperos picantes, os pratos apimentados e quentes. A pimenta, o alho, o curry, etc.

As plantas espinhentas, com folhas recortadas e pontudas, ou de coloração avermelhada, são marciais.

Os animais relacionados a Marte (além do cabrito-montes e do escorpião, é lógico) são os animais ativos, indomáveis, agressivos, reativos e/ou peçonhentos (especialmente quando a peçonha ou o veneno doem e ardem, em vez de entorpecer). O cavalo, o tigre, o falcão, as aves de rapina em geral, o tubarão.

O metal associado a ele é o ferro, o metal das espadas e lanças.

Como o planeta que simboliza a energia, a organização marcial e o movimento, ele está associado obviamente com a música, entre as artes liberais. Sua virtude é a coragem, seu pecado capital é a ira.


Marcos Monteiro, in Introdução à Astrologia Ocidental, Edição do Autor, 2013, p. 115-6.

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