domingo, 23 de outubro de 2016

O Sol na 9ª Casa, por Howard Sasportas



Quem tem este posicionamento deveria empenhar-se em aumentar sua compreensão e perspectiva da vida. Isso pode ser conseguido através de viagens, boas leituras, vôos de imaginação ou através da pesquisa filosófica nos "por quês" e "comos" da existência. A capacidade de perceber significados e padrões mais profundos que acontecem nas esferas coletiva e pessoal da vida, vitaliza e potencializa o Sol nesta casa.

Com qualquer ênfase sagitariana, a vida é bem melhor vista como uma jornada ou uma peregrinação. É verdade que alguns podem acreditar, como o escritor espanhol Cervantes, que "a estrada é melhor que a pousada". Em vez de engolir sem mastigar qualquer crença, a compreensão obtida pelo descobrimento de diferentes grupos, filosofias ou religiões pode ser destilado numa visão pessoal da verdade. Compartilhar e trocar suas descobertas com os outros os ajuda a se distinguirem.

Existe o perigo de se tornar tão preocupado com "o grande quadro e os aspectos abstratos da vida" que eles perdem contato com a realidade do dia-a-dia. Obsessivos a respeito do que o futuro lhes poderá trazer, a imediata participação na vida "aqui-e-agora" é de alguma maneira desordenada. Eles podem estar tão preocupados planejando a vida e projetando o futuro que esquecem de vivê-lo. Às vezes estão cheios de bons conselhos para os outros, mas nunca se lembram de aplicá-los em seus próprios compromissos.

Esta posição enquadra uma série de vocações. Eles podem ser ótimos num trabalho de relações públicas, onde promovem um conceito ou uma visão que inspira aos outros. São bons em vender viagens - enaltecendo as virtudes de férias na África (mesmo que nunca tenham estado lá). Dão excelentes gerentes e instrutores, dirigindo e organizando os outros a alcançarem alguma meta comum. Incendeiam os outros com seu entusiasmo e visão, e muitas vezes espalham conhecimento ensinando, escrevendo ou publicando.

O filósofo e escritor alemão Thomas Mann nasceu com o Sol na 9ª Casa. Ele acreditava que os seres humanos "eram uma grande experiência... e seu fracasso seria o fracasso da própria criação". E dizia ainda que mesmo que este ponto de vista não fosse verdadeiro, seria melhor "para o homem que se comportasse como se o fora". O Sol na 9ª Casa precisa de algo em que acreditar.

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Extraído do livro As Doze Casas, de Howard Sasportas.

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