quinta-feira, 20 de abril de 2017

Teoria da Dominante, por André Barbault

Determinar a dominante de um mapa natal é determinar o fator do tema que podemos considerar como o mais poderoso do mapa, que o marca ou sintetiza. De posse da dominante, o intérprete tem em seu poder a pista que conduz ao temperamento. Por exemplo, se dizemos que uma pessoa é saturnina podemos concluir que se trata de um indivíduo de atitude introvertida, mais ou menos marcado por um temperamento nervoso.

Como regra geral, o papel de dominante é conferido a um planeta integrado num conjunto ou a vários planetas que formam um todo complexo em que signos, casas e aspectos participam.

Não existe uma fórmula para determinar a dominante, mas existem regras de prioridade para podermos chegar a determiná-la. Barbault considera que “quanto mais uma configuração é específica do nascimento, ou seja, mais própria do instante do nascimento – no cruzamento preciso de seu lugar e momento – mais particulariza o indivíduo”. Assim, a conjunção de planetas com os ângulos é o fator mais forte na determinação da dominante (orbe de 15° para o autor). A ordem de prioridade é para o planeta que fizer o orbe mais exato, mas Ascendente e Meio do Céu preponderam sobre Descendente e Fundo do Céu. Segue-se a importância dos luminares, especialmente Sol para os homens e Lua para as mulheres. Assim, fica destacado o planeta ligado aos dois luminares, ou o dispositor de um destes também em aspecto com ele. Ainda entram na consideração da dominante: o regente do Ascendente ou do Meio do Céu a eles ligados, bem como um Stellium por casa ou signo, principalmente se envolver planetas pessoais.

Contudo, a importância fundamental dos eixos às vezes é superada por um planeta não angular, mas que assume preponderância no mapa por acumular muitas das características acima enumeradas que o tornam mais poderoso que o próprio planeta angular.

Se a dominante encontrada não for um astro, mas corresponder a um sistema constelado, neste caso Barbault recomenda agrupar os planetas por natureza e analogia para melhor identificação do temperamento.

Uma vez conhecida a dominante, devem ser então estudadas suas características quanto às qualidades primordiais, aos elementos e ao temperamento.

Fonte: https://espacoastrologico.org/contribuicoes-de-andre-barbault-a-astrologia/

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