sábado, 29 de abril de 2017

Interpretando Dignidades e Debilidades (2), por Clélia Romano

Ora, os autores Helenísticos consideram a queda uma debilidade mas já não valorizam o detrimento da mesma forma. Segundo sua visão, de acordo com Robert Schmidt, um planeta em detrimento não se enfraquece, mas exagera em suas qualidades. Planetas na casa oposta aquela que regem são considerados longe de casa.

Como alguns estrangeiros saudosos da pátria, exageram em seu sotaque para não perder a identidade. Muitas pessoas quando vivem longe de seu país são zelosas pela sua cultura e por aquilo que foi deixado para trás: alguns hábitos aos quais não davam valor quando estavam em seu próprio lar, passam a ser cultivados.

Tornar-se "mais monarquista que o rei" pode produzir um resultado perverso: se Saturno em Capricórnio é responsável, Saturno em Câncer é extremamente rígido. Se Vênus em Libra busca o amor, Vênus em Aries exagera em enfeites e pode tornar-se promíscua.

É possível que existam diferenças entre a debilidade de queda e o detrimento e que o detrimento traga um desvio mais de ordem quantitativo que qualitativo.

No entanto, tais conceitos necessitam maiores estudos. Enquanto isso, tratarei os dois casos como sendo uma debilidade e uma corrupção da qualidade do planeta, quer seja pelo exagero quer seja pela falta de oportunismo na ação.

É muito importante ter em mente o efeito da debilitação, por isso vamos dar mais um exemplo.

Saturno tem seu domicílio em Aquário. Se ele estiver nesse signo pressupõe-se que ele levará a efeito suas qualidades de aprendizagem, desde que Aquário é um signo aéreo e irá canalizar as profundezas da filosofia secreta.

Em Leão, porém, onde ele está em seu detrimento, Saturno não realiza esse efeito. Ele fica desejoso de brilhar e não consegue levar a efeito sua capacidade de análise e de aprendizagem solitária.

Tudo isso ficará muito mais claro diante de exemplos práticos, conforme veremos mais adiante.

Clélia Romano, in Fundamentos da Astrologia Tradicional, Edição do Autor, 2011, p. 51-2. http://www.astrologiahumana.com/

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