sexta-feira, 12 de maio de 2017

A Astrologia, por Helena Avelar e Luis Ribeiro

O mundo está em constante mudança.

Algumas mudanças são naturais e esperadas, pois tudo na Terra nasce, cresce, amadurece e morre. Outras mudanças são súbitas e inesperadas, recordando-nos que vivemos num mundo imperfeito, onde o caos e a angústia podem surgir a qualquer momento.

Só os céus, na sua imensidão, se mantêm imutáveis a nossos olhos; são por isso símbolos perenes de perfeição.

Contudo, mesmo na imutabilidade dos céus é possível perceber movimentos — o nascer e pôr-do-Sol, as fases da Lua, a deslocação dos planetas. "Como o Grande é medida do Pequeno", os movimentos do céu produzem efeitos na Terra — as marés, a sucessão das estações, as alterações do clima.

Entender os movimentos dos céus e suas implicações nos eventos da Terra foi, desde sempre, objectivo do Homem. Durante eras, observadores empenhados perscrutaram os céus, em busca de padrões e ciclos. Noite após noite, olhos atentos estudaram as subtilezas do movimento dos planetas. Igual atenção foi dada aos eventos da Terra, na tentativa de encontrar uma correlação.

A seu tempo, este esforço deu frutos, permitindo deduzir as leis que ligam o movimento dos astros aos eventos do mundo. O Homem encontrara a chave da Astrologia.

Muitas horas de estudo foram dedicadas a compreender e catalogar estas leis; muitos sábios dedicaram as suas vidas ao estudo deste conhecimento; muitas civilizações contribuíram para o seu desenvolvimento. Este estudo foi sempre tingido por um profundo sentimento de reverência face à grandiosidade da ordem celeste. E assim, durante milénios, o conhecimento astrológico constituiu o núcleo da explicação do Universo e do seu sentido.

O conhecimento cresceu e aprofundou-se, gerando um conjunto de leis coeso e estruturado, de grande precisão e eficácia. Tornou-se o sistema astrológico que chegou até nós através da Tradição.

Helena Avelar e Luis Ribeiro, in Tratado das Esferas - um guia prático da tradição astrológica. Editora Pergaminho. Cascais, Portugal, 2007, pp. 17-8.

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