quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Astrologia e os 4 Elementos: O Elemento Água no Mapa Natal, por Stephen Arroyo


Excesso do elemento Água

Aqueles que têm uma ênfase mais forte no elemento água podem sentir como se estivessem à deriva num mar aberto, num pequeno bote, sem leme, vela, remo, e bússola. De modo geral, qualquer vento que sopre pode influenciá-los facilmente, tornando-os por demais impressionáveis e colocando-os, às vezes, à mercê de configurações emocionais sobre as quais não tem controle.

Quase todas as pessoas que têm esse desequilíbrio são extremamente sensíveis a qualquer experiência o que pode levar a uma intuição profundamente penetrante ou uma reação exagerada ao mais leve estímulo. Se as emoções estão fora de controle e se a pessoa funciona, habitualmente, num estado de autoproteção apreensiva, ela pode ser desvitalizada com muita facilidade pelo temor, pelos padrões de reação negativos e pela timidez. Ser esmagado pelas emoções na forma de experiência cotidiana é algo que, no fim, acaba desgastando qualquer um, e o fato de que estas pessoas amiúde não são capazes de lutar contra a tensão do confronto com o mundo exterior o que pode obrigá-las a retirar-se para a vida interior ou a fugir dos desafios da vida.

Tais pessoas, de fato, podem ficar "encharcadas" de emoções e de sentimentos contraditórios, um estado de coisas que pode muito bem acontecer quando não usam a sensibilidade de sentimentos e a sua empatia num movimento ativo com os outros. No melhor dos casos, uma vez que a autoabsorção tenha sido dominada, estas pessoas são capazes de desenvolver uma auto-suficiência emocional que terá como base uma rica vida interior de dedicação a um ideal.

Freqüentemente, essas pessoas, têm acentuada capacidade imaginativa e uma sintonia natural com as realidades espirituais e ocultas. Sua dedicação, aparentemente absoluta, a uma vida de autosacrifício é quase sempre genuína; mas, em alguns casos, essa atitude é simplesmente um disfarce que esconde o egoísmo absoluto e um padrão compulsivo de imperiosa necessidade de que os outros preencham o seu vazio interior. Não há qualquer possibilidade de se entender essas pessoas, a menos que se compreenda que são motivadas principalmente por anseios profundos e insegurança que elas dificilmente podem identificar. A menos que esses anseios sejam esclarecidos à plena luz da consciência, essas pessoas não podem deixar de ser bastante compulsivas em seu comportamento. E até que os anseios sejam identificados como desejos da alma por libertação e suprema serenidade, o indivíduo não poderá fazer uso eficiente da sua maior força.

Mais do que com as pessoas que apresentam ênfase em qualquer outro elemento, aqueles que têm muita força no elemento água tendem a ir para extremos de comportamento, portanto, é difícil fazer generalizações que se apliquem a todas as pessoas desta categoria. Mas parece que os que apresentam esta combinação em seus mapas, também têm potencial para uma expressão plena das mais elevadas qualidades espirituais: amor, compaixão, devoção e prestatividade compassiva. Todavia, aqueles que alcançaram tal nível de autoexpressão são minoria.

No nível físico, uma grande ênfase no elemento água indica que o corpo está sempre processando a eliminação de venenos, tanto toxinas físicas quanto resíduos emocionais. Contudo, a eficiência desse processo de limpeza depende do grau de percepção que a pessoa tem das própria necessidades emocionais.

Falta do Elemento Água

A pouca ênfase sobre o elemento água pode manifestar-se como uma extensa variedade de problemas psicológicos, emocionais e físicos. A maioria das pessoas que carecem dessa afinação com a água tem grande dificuldade para penetrar nos sentimentos dos outros com empatia e compaixão, assim como para se colocar em contato com os seus próprios sentimentos e necessidades emocionais. Isso não significa que sejam, em todos os casos, destituídas de sensibilidade, mas sempre têm problemas quando lidam com seus próprios sentimentos; para elas, o mundo das emoções parece ser uma terra estranha e cheia de grandes perigos, que pode ser mais perturbadora do que benéfica. Em casos extremos, podemos encontrar pessoas com tal desequilíbrio, que são frias, desapaixonadas e insensíveis. Tais indivíduos são notados por sua falta de simpatia e raramente têm um bom relacionamento emocional com os outros. Tendem a desprezar os sentimentos dos outros, considerando-os sem importância, e são incapazes de ver neles aquilo que não podem aceitar em si próprios. Nos seus esforços para alcançar a auto-suficiência emocional negam, ao mesmo tempo, sua própria natureza emocional, o que pode levar a uma dependência particularmente inconsciente dos que expressam sentimentos.

A falta do elemento água se manifesta como uma desconfiança inata no conhecimento intuitivo. Em alguns casos, o principal problema emocional dessas pessoas é que não confiam nem um pouco em si mesmas, uma vez que desprezam prontamente os próprios sentimentos como se fossem coisas incômodas e sem importância. Contudo, conforme Jung assinalou em sua obra, sempre que é negado o acesso consciente a alguma coisa, de qualquer modo isso continua a influenciar o indivíduo através de processos inconscientes. Com muita freqüência, as pessoas que têm falta do elemento água resistem a todos os esforços feitos para tirá-las do seu vácuo emocional, ao mesmo tempo que tateiam procurando apoio e fazem gestos semiconscientes na direção dos outros, gestos que revelam sua solidão, seu medo e sua infelicidade interior. Aqueles que têm tal desequilíbrio em seus mapas podem alcançar uma certa medida de estabilidade emocional deixando que o aparentemente infindável lago de sentimentos venha até a superfície, libertando, desse modo, a dor e os sofrimentos acumulados, que negaram por tão longo tempo. Essas pessoas parecem ter um medo fanático da dor e disso resulta num desprezo por suas próprias necessidades emocionais, o que lhes assegura que elas experimentarão mais dor.

No nível físico, a falta do elemento água quase sempre se manifesta como uma perturbação física bastante grave, geralmente devida, a toxidez excessiva. O elemento água é a energia que limpa, cura, purifica, e aqueles que carecem dele deixam-se envenenar lentamente pela acumulação simultânea de produtos residuais emocionais e físicos. Uma tal condição tóxica pode-se expressar através de uma interminável variedade de sintomas, mas a terapia requerida geralmente é a mesma para todos eles: uma purificação completa, física e emocional. Aqueles que não têm o elemento água operando com eficiência, são particularmente sujeitos a sintomas físicos de doença. O fato de que a energia do elemento água é a força que limpa e cura evidencia-se na grande predominância de água nos mapas dos curadores mais naturais. A dieta daqueles que carecem do elemento água deve ser cuidadosamente observada, e eles podem alcançar grandes benefícios por meio de dietas purificadoras periódicas ou de jejuns moderados. Em outras palavras, quando essas pessoas trabalham, conscientemente, para intensificar a função de limpeza nos níveis emocional e físico, são capazes de superar muitos desses problemas e evitar a maioria das perturbações graves às quais um tal estado tóxico eventualmente levaria.

2 comentários:

  1. Sua explicação do excesso do elemento água em um mapa astral é bastante esclarecedora. Digo isso pois minha conjunto astral é predominantemente consistido por esse elemento, portanto muitas vezes me vi em situações bem semelhantes as que você ilustrou. Exatamente por esse motivo estou buscando autoconhecimento, para facilitar tomada de decisões e mudança de hábitos que prejudicam diversas situações em minha rotina. Porém ao ler seu texto um série de questões não foram abordadas. Gostaria de entender melhor seu ponto de vista, a respeito do trecho em que afirma que é muito complexo entender pessoas com esse padrão energético, visto que provavelmente, como você mesmo disse; elas próprias tem dificuldade de compreender o que se passa com suas oscilações emocionais. Também gostaria que você explicasse não apenas a analise dessa situação de sobrecarregamento emocional, mas comentasse de que forma compensar essa inabilidade de discernir o que de fato deve ser considerar uma situação alarmante. Entendo que esse pode não ter sido o foco de sua tese, mas confesso que fiquei aflita, pois aparente ser uma situação difícil de contornar, praticamente impossível

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    1. Cara Paula, o texto não é meu. Eu citei o autor.

      Bem, só tem uma saída para superar o Mapa Natal: conhecendo-se a si mesmo. Quem não conhece a si mesmo não tem livre-arbítrio para mudar a si mesmo. A Astrologia pode ajudar nessa dura tarefa de compreender a si mesmo.

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