terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Astrologia Horária (por Fernando Barnabé)

Não podemos falar sobre Astrologia Horária, sem primeiro discorrermos um pouco sobre o seu grande impulsionador.

William Lilly (1602-1681) foi talvez um dos mais importantes astrólogos do seu tempo e o seu conhecimento é ainda amplamente estudado e aplicado pelos astrólogos actuais em todo o mundo. Chegou a ser acusado de crime por alegadamente antever o grande incêndio de Londres, com catorze anos de antecedência, facto que levou muitas pessoas a acreditar que fora ele o principal suspeito, mas foi declarado inocente depois de ter testemunhado no Parlamento.

Lilly não só interpretava os mapas astrais relativos ao nascimento das pessoas como foi o maior especialista em Astrologia Horária.


A Astrologia Horária, ao contrário de outras técnicas de prognóstico, consiste no levantamento de um mapa para a hora e local em que se formula uma determinada pergunta.

Em regra a questão deve ser concreta, isto é, não deve suscitar qualquer dúvida ao Astrólogo. Após a sua formulação o mapa levantado, dará algumas indicações que permitem à pessoa perceber de que modo, poderá ou não, o objectivo da sua questão ser levado a bom porto.

A análise de um mapa horário difere da leitura de um mapa astral. Ela cumpre uma série de regras, algumas de grande complexidade, mas, o mais importante a reter nesta técnica de prognóstico é sem dúvida, a posição do regente do ascendente e qual a influência que este recebe de outros planetas, devendo também considerar-se como regra que, o co-regente do mapa em Astrologia horária é sempre a Lua; daí que seja muito importante também verificar o seu estado, relativamente aos aspectos que recebe de outros planetas e a casa que esta ocupa.

A pessoa que coloca a questão é identificada pela casa I, pelo signo no ascendente do mapa, pelo planeta regente deste signo e por qualquer outro planeta presente nesta casa. A Lua, como já dissemos, mesmo que não tenha qualquer relação com a primeira casa, deve ser sempre considerada como co-regente do mapa. O objectivo da questão deve ser associado a uma das outras casas, em função de sua natureza.

Estando a receber maus aspectos, quer o regente do ascendente, quer a Lua, a probabilidade da resposta à questão formulada ser positiva, é diminuta, no entanto pode acontecer que o astrólogo possa não atribuir qualquer resposta se porventura a Lua estiver vazia ou fora de curso no mapa horário, isto é, quando se encontra ente os zero e os cinco graus de um qualquer signo zodiacal. A mesma regra pode também ser estabelecida em relação ao ascendente se o mesmo estiver entre os zero e os cinco graus.

Estas posições constituem regras que devem ser tidas em consideração pois dão-nos indicações quanto à oportunidade da questão formulada. Poderá, conforme os casos, ser uma questão que deveria ter sido colocada há algum tempo atrás, ou, por outro lado, ser ainda prematura.

É também possível através da Astrologia Horária prever com alguma certeza o momento (mês, ano) em que determinado fenómeno poderá ter lugar. As questões temporais, obedecem também a regras que dependem, quer da natureza dos planetas envolvidos, quer da dos signos onde estes se encontram.

É sem dúvida uma técnica tão apaixonante quanto exigente, dado que, para o seu perfeito domínio, a interiorização das regras e a sua prática sistemática, sejam aspectos fundamentais para que, na consulta, possamos dar uma resposta cabal às inquietações, que, em regra, as questões que nos colocam encerram.

Aconselho-vos vivamente a adquirir a obra de William Lilly, por muitos considerado o mais famoso astrólogo inglês de todos os tempos, "Astrología Horária" das Ediciones Obelisco/coleccíon Urania. A versão é espanhola, mas penso que esse facto não constituirá qualquer obstáculo à sua compreensão.


Extraído de: http://www.psicoastro.com/artigos/a-astrologia-horaria

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